Sebastian DeLeon, de 16 anos, é uma das quatro pessoas dos últimos 50 anos que sobreviveram a uma infecção provocada por uma ameba de vida livre conhecida como Naegleria fowleri – ou pela sua alcunha: “ameba comedora de cérebros”. Ela é responsável por uma condição chamada Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), que mata 97% dos pacientes diagnosticados.
De acordo com informações do jornal inglês Daily Mail, DeLeon contraiu a ameba pelo nariz enquanto nadava em uma praia particular em Orlando, na Flórida, durante um período de férias com a família. Os médicos, no entanto, estão espantados que o adolescente, residente da Flórida do Sul, ainda seja capaz de andar e falar.
De acordo com o jornal, um dos médicos teria dito que já havia tratado casos de infecções pela mesma ameba no passado, e que todos eles foram fatais. Porém, a história de DeLeon terminou inesperadamente de forma diferente.
O adolescente teria desenvolvido uma dor de cabeça tão forte que não poderia tolerar que alguém o tocasse, além de outros sintomas semelhantes aos de uma meningite. Seus pais então, o levaram às pressas para um hospital infantil local, onde foi diagnosticado.
A única droga conhecida para tratar a infecção é um medicamento experimental chamado miltefosine, produzido por uma empresa sediada em Orlando. Ele teria sido enviado ao hospital 12 minutos após o diagnóstico. Em seguida, os médicos colocaram o jovem em um tudo de respiração e o mantiveram em coma durante alguns dias.
Durante esse período, testaram amostras de fluidos para a presença da ameba. Após um tempo, os testes deram negativos para a presença da Naegleria fowleri. Ao repararem na melhora do rapaz, os médicos decidiram que os tubos de respiração poderiam ser retirados. Desde então, ele está bem, capaz de andar, falar e em breve poderá receber alta.
De acordo Centre de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, foram relatados apenas 35 casos de MAP nos últimos 35 anos, o que caracteriza a infecção como rara. Tal organismo celular é comumente encontrado em água doce e quente, bem como no solo.
Normalmente, ela infecta as pessoas quando a água contaminada entra no corpo através do nariz – e não por meio da ingestão. Uma vez no organismo, ela viaja até o cérebro e causa efeitos devastadores no órgão. Geralmente, não é possível salvar o paciente.
[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail / Pinterest ]