Homens que consomem regularmente material pornográfico são mais propensos a se tornarem desinteressados por sexo, bem como a sofrerem de disfunção eréctil, de acordo com um estudo feito pelo Centro Médico Naval de San Diego, nos EUA.
Os pesquisadores descobriram que um a cada cinco homens vê pornô de três a cinco vezes por semana, com 3% desses homens admitindo que a pornografia é preferível ao sexo real.
No entanto, os cientistas advertiram que esse tipo de material pode criar expectativas irreais baseadas em fantasias cinematográficas.
Segundo o estudo, a pornografia pode ser tão viciante quanto cocaína, com usuários construindo uma espécie de “tolerância” a esse tipo de conteúdo ao longo do tempo. Tais sentimentos fazem com que se tornem insatisfeitos com suas vidas sexuais.
Contudo, o estudo observou que, para as mulheres, ver pornografia com regularidade não tem o mesmo efeito.
Para o experimento foram recrutados 300 pacientes do sexo feminino e masculino. Eles preencheram dois questionários sobre seus hábitos envolvendo pornografia.
No caso dos homens, os pesquisadores notaram uma forte associação entre o consumo regular de material pornô, falta de desejo sexual e disfunção erétil.
“O comportamento sexual ativa o mesmo circuito de sistema de recompensa no cérebro, como o proporcionado por drogas viciantes, como cocaína e metanfetaminas, que podem resultar em atividades viciosas ou comportamentos recorrentes”, explicou o autor do estudo Dr. Matthew Christman.
“A pornografia de internet, especificamente, tem sido mostrada como um estímulo normal deste circuito, o que pode ser devido à capacidade de selecionar continuamente e instantaneamente imagens novas e mais sexualmente excitantes”, acrescentou.
Christman e sua equipe viram ainda que os homens que assistem com mais regularidade têm menos probabilidade de responder à atividade sexual no mundo real, por isso tendem a confiar cada vez mais na pornografia para atingir orgasmos.
Apesar do mesmo efeito não ser observado nas mulheres, os cientistas ainda não sabem explicar por que isso ocorre.
Os resultados do estudo foram apresentados na reunião anual da Associação Americana de Urologia, realizada em Boston (EUA) na última sexta-feira (12).
O estudo veio à tona após pesquisadores da Universidade de Brigham Young, em Utah, descobrirem que os “viciados em pornografia” podem sofrer para garantir e manter relacionamentos amorosos.
Os cientistas afirmaram ainda que o consumo desse tipo de material não está ligado à ansiedade de relacionamentos entre aqueles que o descreveram como um hábito saudável.
Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail
