Por que sonhamos?

de Julia Moretto 0

Sonhar é uma das coisas mais surpreendentes de que o ser humano é capaz. Durante décadas, a Ciência tem tentado encontrar respostas para muitas perguntas e consequentemente, surgiram muitas teorias para o tema.

Explicação científica

Apesar do avanço da Onirologia – estudo científico dos sonhos -, os cientistas ainda não podem explicar a razão de eles ocorrerem. No entanto, a maioria deles acredita que o sonho seja benéfico para nós. 

Um dos primeiros a investigar o porquê de sonharmos foi Sigmund Freud. Segundo sua teoria, os sonhos satisfazem nossos desejos. Bonito, feio ou assustador, é uma maneira de termos acesso a tudo o que nós desejamos, mesmo que simbolicamente. Já de acordo com a teoria do psiquiatra Jie Zhang, nosso cérebro está constantemente realizando um armazenamento de memória, tanto dormindo quanto acordado.

Novas teorias

A “aprendizagem reversa” acredita que sonhamos para esquecer o desnecessário. Nos sonhos podemos descartar as informações que recolhemos durante nosso tempo acordado.

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Porém, segundo a ideia de Zhang, sonhamos para nos lembrar. Mas, neste caso, lembrar o que aprendemos durante o dia. Mesmo se for um trauma, a pessoa pode se lembrar e estar mais alerta sobre o que aconteceu.

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Por outro lado, de acordo com o neurocientista Anton Revonsuo, sonhamos para nos preparar para enfrentar ameaças, perigos e desafios. Claro que, o sonho teria que ser um cenário de sobrevivência, por exemplo, para lidar melhor com uma situação semelhante da vida real.

O que é REM?

REM (Rapid Eye Movement, em Inglês), é o quinto estágio do sono. Ocorre 90 minutos após adormecer e é reconhecido por um movimento acelerado dos olhos. Os batimentos cardíacos e a respiração ficam acelerados, a pressão arterial aumenta e nossa temperatura corporal não pode ser controlada. Às vezes, a atividade cerebral é maior do que quando estamos acordados, mas não somos capazes de mover o corpo, porque a glicina não é liberada.

Neste momento é que ocorre o sonho. Normalmente, os sonhos durante esta fase são intensos e guiados por fortes emoções.

Talvez todas essas teorias sejam reais. Mas ainda são necessários mais estudos para que a questão seja completamente esclarecida.

[ Super Curioso ] [ Fotos: Reprodução / Super Curioso ] 

Jornal Ciência