Menina de 2 anos faz lipoaspiração para reduzir acúmulo de gordura nas mãos por condição genética rara

de Redação Jornal Ciência 0

Uma garotinha de apenas 2 anos precisou passar por uma lipoaspiração para reduzir o enorme inchaço em suas mãos provocado por uma condição genética rara ainda sem identificação.

Cora Ruben nasceu com linfedema – algo incomum para sua idade. O inchaço extremo ocorre não só nas mãos, mas em todo o corpo, incluindo as pernas, pés e também abdômen.

O problema é gerado quando o sistema linfático do corpo, que é responsável pela drenagem de líquidos, não consegue retirar o excesso de fluido linfático, gerando assim acúmulo, que pode provocar uma série de complicações, além de dor.

A condição, quando genética, é incurável e tem um processo progressivo. Isso significa que com o passar dos anos, o problema irá piorar, acumulando cada vez mais líquidos.

Os pais, Kasey e Brett, de Minnesota, EUA, já tentaram inúmeros procedimentos, mas nenhum mostrou-se eficaz. Os médicos alertaram que os sintomas estavam piorando e uma cirurgia era necessária.

Os pais de Cora não tinham opções cirúrgicas nos EUA, até que foram informados que existia uma especialista mundial em linfedema na Clínica Földi, na cidade de Hinterzarten, na Alemanha.

Ao chegarem na Alemanha, foram atendidos pela professora e Dra. Etelka Földi, que dedica-se a estudar linfedema em profundidade. O primeiro procedimento recomendado foi uma massagem linfática de drenagem, para tentar retirar um pouco do acúmulo de líquidos.

Após vários exames, constatou-se que o fluido linfático representava apenas 20% do total de volume de suas mãos, sendo o restante acúmulo de gordura. Ainda não há explicações para o acúmulo desta gordura, visto que não existe nenhuma conexão com o linfedema, segundo o jornal britânico Metro

Então, a Dra. Földi sugeriu que Cora fizesse lipoaspiração nas mãos, o que permitiria melhorar seus movimentos, e também ajudaria nos outros tratamentos de drenagem, já que o excesso de gordura impede que os líquidos possam passar pelos vasos linfáticos.

Depois da cirurgia, a mãe de Cora comentou: “Sua capacidade de pegar as coisas é tremendamente melhor. Fomos capazes de empurrar os fluidos por drenagem linfática, e suas mãos estão macias e não duras, não estão mais pesadas”. 

Apesar da condição genética e pouco compreendida, a Dra. Földi acredita que Cora poderá um dia ter uma vida normal. Assista um pouco da vida de Cora no vídeo abaixo: 

 

 

Fonte: Metro Fotos: Reprodução / Metro UK

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