Criatura bizarra com enormes tentáculos é encontrada no fundo do Oceano Pacífico; veja vídeo

A descoberta foi graças ao EV Nautilus, navio de pesquisa comandado pelo mesmo pesquisador que encontrou os destroços do Titanic

de Redação Jornal Ciência 0

Uma equipe de cientistas fez uma descoberta incrível durante uma expedição exploratória nas águas do Oceano Pacífico, nas proximidades do Havaí. Para isso, usaram o navio EV Nautilus.

Com 68 metros de comprimento, a embarcação é de propriedade da Ocean Exploration Trust sob direção de Robert Ballard, o mesmo pesquisador responsável por encontrar os destroços do Titanic. Os dados científicos foram publicados no periódico Invertebrate Systematics.

A criatura possui tentáculos com até 40 centímetros e possui um “talo” fino com 2 metros de comprimento que o mantém fixo ao revelo marinho. A equipe conseguiu gravar um vídeo com imagens detalhadas — veja o vídeo ao final da reportagem.

Ela foi encontrada a 2.994 metros de profundidade, próximo a um monte submarino, região jamais vistoriada, no Atol Johnston — chamado pelos havaianos de Atol Kalama, local proibido de visitação por ter sido usado pelos EUA como teste para armas nucleares.

O principal biólogo da expedição, Steve Auscavitch, suspeita que o animal seja uma raríssima caneta-do-mar da espécie Solumbellula monocephalus, única em seu gênero.

Imaginava-se que esta espécie vivia apenas no Oceano Atlântico, mas novas pesquisas precisam ser feitas para determinar se é a espécie citada ou um novo animal para a ciência, já que muitos pesquisadores acreditam ser inédito.

Usando como base seu gigantesco tamanho para uma caneta-do-mar, Auscavitch acredita ser bastante antigo, mas a idade específica é impossível de ser determinada. Isso porque as canetas-do-mar atingem a maturidade aos 5 ou 6 anos de idade, e vivem mais de uma década.

Auscavitch ressaltou que uma caneta-do-mar da espécie Solumbellula monocephalus jamais foi encontrada no Pacífico e nunca foram coletadas pela ciência, o que reforça a possibilidade de ser um novo animal.

“Descobertas como essa são raras e nunca esperávamos ver algo assim. A parte mais empolgante desta pesquisa é que encontramos essas coisas de tempos em tempos, e isso realmente expande nosso horizonte sobre até onde os animais podem viver e existir no fundo do mar”, ressaltou Auscavitch. Confira o vídeo abaixo.

Fonte(s): BioOne / CNET / Nautilus Live / Live Science Imagens: Reprodução / EV Nautilus via YouTube

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