A verdadeira história por trás de “Alice no País das Maravilhas” envolve pedofilia

de Merelyn Cerqueira 0

Contos de fadas são histórias que resistem ao tempo. Carregadas de moralidade, elas por vezes são criadas com base em histórias verdadeiras.

O conto de Alice no País das Maravilhas é um exemplo disso, mas de uma forma um pouco assustadora, de acordo com informações do site australiano Mamamia.

Lewis Carroll, que era um pseudônimo para Charles Lutwidge Dodgson, nasceu na Inglaterra no ano de 1832. Quando completou 18 anos, saiu de casa para frequentar a Universidade de Oxford, onde permaneceu por pelo menos 20 anos.

Isso porque, quando se formou, passou a lecionar matemática no Christ College, dentro da universidade. Foi em Oxford que Dodgson criou seu pseudônimo. A intenção dele era escrever livros infantis de um modo que isso não afetasse sua carreira acadêmica.

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Carroll era conhecido por ser bem popular entre as crianças, com as quais mantinha amizades íntimas, algo que ele normalmente não fazia com adultos. Ele chegou a estabelecer amizades com os filhos de seus colegas e conhecidos, para quem mandava uma série de cartas e passava grandes períodos de tempo.

“Um obrigado extra e beijos pela mecha de cabelo”, escreveu ele uma vez a uma garota de 10 anos. “Eu o beijei várias vezes – por falta de ter você para beijar. Você sabe, até o cabelo é melhor do que nada”.

Contudo, foi somente quando Henry George Liddell se tornou deão (deão é o dignitário ou responsável máximo de um órgão colegial da Igreja) da Igreja em Cristo, em Oxford, que Carroll se aproximou do motivo que o tornaria um dos fabulistas mais conhecidos da humanidade. Ele fez amizade com as três filhas de Liddell: Lorina, Edith e Alice.

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Então, 1862, acompanhado de alguns colegas, Carroll levou as três meninas a um piquenique e passeio de remo ao longo do rio Tâmisa. Para mantê-las entretidas, o escritor começou a contar uma história, que se tornaria a base para seu famoso conto. 

Ao recordar o passeio em um diário, Carroll escreveu: “Em uma tentativa desesperada de acertar uma nova linha de conto de fadas, eu acabei enviando minha heroína diretamente para um buraco de coelho e sem a menor ideia do que iria acontecer depois”.

Então, após passar anos refinando e editando a história, em 1865, ele decidiu publicar Alice no País das Maravilhas. Posteriormente o conto ainda rendeu uma sequência: “Alice Através do Espelho”

Carroll também era um fotógrafo competente. No entanto, limitava seu talento a registrar fotos de crianças nuas e seminuas – e isso inclui uma foto de nu completo de Lorina, irmã de Alice.

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Aparentemente ele conseguia escrever abertamente sobre suas intenções pedófilas: “Eu confesso que não admiro meninos nus em imagens”, escreveu ele no diário. “Eles sempre me parecem precisar de roupas; enquanto dificilmente quero que as lindas formas das garotas estejam cobertas”.

O fato é que Liddell, em 1863, abruptamente cortou todo tipo de relação com o escritor. O motivo ainda é incerto.

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No entanto, há quem diga que Carroll teria pedido Alice em casamento – o que não era exatamente incomum à época. Eventualmente voltaram a se falar, mas ele nunca mais foi permitido ficar sozinho com as meninas.  

Fonte: Mamamia Fotos: Reprodução / Mamamia

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