Em 2040, computadores exigirão mais energia do que a humanidade produz

de Merelyn Cerqueira 0

Segundo a análise de cientistas, caso melhorias em nossos computadores não sejam feitas, em 2040 os chips de computador vão necessitar de mais energia elétrica do que a nossa produção global de energia pode fornecer.

Essa estimativa pode significar que a nossa capacidade de manter a Lei de Moore, que tem como princípio a ideia de que o número de transistores em um circuito integrado dobra aproximadamente a cada dois anos, pode não ocorrer da mesma forma.

De acordo com a análise, ao mesmo tempo que os chips de computadores se tornam mais poderosos devido ao crescente número de transistores, eles precisam de mais energia para realizar a função. Essa estimativa sobre a demanda de eletricidade foi realizada no ano passado pela Associação da Indústria de Semicondutores (SIA), porém só foi divulgada neste ano após o grupo expor a avaliação final da pesquisa sobre as perspectivas para a indústria de semicondutores.

A engenharia inteligente pode ser um caminho para o consumo de energia, porém a SIA ressalta que há um limite para o quanto isso pode ser utilizado nos dias atuais. Atualmente, os engenheiros de chips estão trabalhando para manter o ritmo de produção com a Lei de Moore, mas de acordo com a SIA, a abordagem não vai funcionar para sempre devido à quantidade de energia que será necessária no futuro.

Para o grupo, é necessário estudar uma forma mais eficiente para lidar com essas questões, pois não pode haver declínio de crescimento devido a problemas já identificados no presente. O desafio está lançado para os atuais cientistas. Ainda segundo o relatório da SIA, em 2020, os métodos tradicionais utilizados para a melhora significativa do desempenho de chip não serão eficientes.

Essa barreira realmente começou a desmoronar em 2005, e desde então temos obtido mais transistores, mas eles não são realmente o que há de melhor“, explica em entrevista para o IEEE Spectrum, Thomas Conte, engenheiro de computação, da Georgia Tech. Mas é importante salientar que na opinião do profissional, isso não significa que seja o fim da Lei de Moore.

[ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / Intel ]

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