Conheça o estranho mamífero imune ao câncer que fica até 18 minutos sem oxigênio

de Gustavo Teixera 0

O rato-toupeira-pelado talvez seja um dos animais mais estranhos do planeta.

Este mamífero não tem olfato e é imune ao câncer. Ele é nativo do leste da África e possui a capacidade de correr para trás com a mesma facilidade com que corre para frente. 

O bichinho também come suas próprias fezes e como se não bastasse, cientistas descobriram mais uma habilidade que torna esses animais ainda mais fantásticos: eles são capazes de sobreviver até 18 minutos sem oxigênio.rato-toupeira-pelado-2

Ele consegue ficar tanto tempo dentro de buracos sem nenhum oxigênio, pois coloca em ação um sistema metabólico que só é encontrado nas plantas.

Mas, como?

Quando o oxigênio acaba ele passa a usar a frutose como fonte de energia no lugar da glicose. 

O ar possui cerca 21% de oxigênio e o ser humano pode se adaptar a ambientes com até 10% de oxigênio. Quando essa concentração atinge a marca de 5%, o organismo para. Mas, essas estranhas criaturas são capazes de viver em um ambiente cuja o ar tenha 5% de concentração de oxigênio, o que seria mortal para humanos.

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O que realmente impressiona nesse caso é que quando essa concentração chega a zero, o rato-toupeira-pelado ainda consegue sobreviver até 18 minutos “sem nenhum dado neurológico”, segundo Jane Reznick, bióloga do Centro de Medicina Molecular Max Delbrück em Berlim, na Alemanha. 

Já era sabido que as colônias subterrâneas, ambientes em que esses mamíferos viviam, eram escassas em oxigênio.

No entanto, os cientistas não tinham testado ainda o limite desse animal. Nos experimentos no qual foi tirado oxigênio dos ambientes, os ratos fecharam os olhos, pararam de se mover e diminuíram suas pulsações e ritmo respiratório. 

Os pesquisadores acreditam que os bichos desenvolveram essa técnica para se adaptar ao meio em que sobrevivem, e isto está relacionado com a evolução das espécies. Os cientistas querem agora averiguar se os seres humanos têm capacidade em potencial de fazer o mesmo – pelo menos em nível celular. 

Fonte: BBC Fotos: Reprodução / BBC

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