TOP 8 Fatos surpreendentes sobre o colesterol

de Merelyn Cerqueira 0

Assim como a maioria das pessoas, você provavelmente deve se preocupar com os níveis de colesterol no sangue. Quando elevado, ele realmente pode ser considerado uma má noticia, já que pode aumentar os riscos para uma série de problemas de saúde, incluindo ataques cardíacos.

No entanto, se você acredita que já ouviu tudo o que precisa saber sobre o tema, esteja preparado para enfrentar algumas surpresas. Na lista abaixo, publicada originalmente pela Health.com, junto à CNN, você confere oito fatos surpreendentes sobre o colesterol. 

1 – Colesterol elevado pode ser genético

Se você inevitavelmente sofre com colesterol muito alto, saiba que o problema pode ser parcialmente genético. Para algumas famílias, é inevitável que o LDL, ou mau colesterol, fique em níveis insalubres. A condição é conhecida como Hipercolesterolemia familiar e afeta cerca de uma a cada 500 pessoas. Pode causar níveis de 300 mg/dL até 600 mg/dL e, potencialmente, ataques cardíacos.

Algumas pessoas nestas condições costumam herdar os genes defeituosos dos progenitores e os níveis altos podem resultar em morte precoce, muitas vezes antes dos 20 anos.

2 – Artérias obstruídas têm aparência de manteiga

Mesmo que sejamos incapazes de ver os xatomas (acúmulo de determinados tipos de gordura na pele), o colesterol pode ajudá-los a se formarem. Conforme o LDL se acumula lentamente nas paredes das artérias, uma placa espessa é formada, causando a obstrução e restringindo o fluxo de sangue, levando à formação de coágulos.

Uma vez que isso acontece, as artérias, agora grossas e rígidas, tornam-se amarelas – a cor do colesterol. Ainda, se você for capaz de vê-las, poderá notar que parecessem estar revestidas de uma espessa camada de manteiga congelada.

3 – Você pode “ver” o colesterol alto

Normalmente, sabemos sobre os níveis do colesterol após a realização de exames específicos e avaliação de um médico. Porém, é possível vê-lo no corpo, a partir dos xantomas, que podem variar de tamanho e localização no corpo, incluindo articulações, mãos e alguns casos pálpebras (embora nem todas os xantomas na pele sejam causados pelo colesterol alto). Tendem a ocorrer com mais frequência em pessoas idosas, com diabetes ou outros problemas de saúde.

4 – Colesterol muito baixo também pode ser um problema

Há um consenso de que o colesterol alto é ruim, porém, ele muito baixo também pode ser prejudicial. Especialistas recomendam que os níveis estejam abaixo de 200 mg/dL, que é a média considerada para os adultos. No entanto, ele não pode ficar muito abaixo de cerca de 160 mg/dL, pois nestas condições, está associado a riscos para saúde, incluindo câncer.

Uma pesquisa mostrou que algumas mulheres grávidas com colesterol baixo são mais propensas a dar à luz prematuramente. Ainda, a condição também foi associada à ansiedade e depressão.

5 – Nosso colesterol está diminuindo

Esta, no caso, é uma boa notícia. Enquanto que em razão da epidemia de obesidade pode parecer que ele subiu, estudos indicam que na verdade aconteceu o contrário. Por exemplo, no início dos anos 1960, cerca de 33% de pessoas com idades entre 20-74, tinham colesterol elevado (definido acima de 240mg/dL), em uma média de 222 mg/dL. Entre 2003 e 2006, a média caiu para 200 mg/dL na mesma faixa etária.

Ao que tudo indica, a consciência relacionada aos seus perigos parece ter sido a fonte. O que resultou em dietas mais saudáveis, uso de medicamentos e maior preocupação com o fato.

6 – Exercícios físicos ajudam a aumentar o colesterol bom

Não é surpresa ouvir dos médicos que os exercícios físicos ajudam a reduzir os níveis de LDL. No entanto, um estudo publicado pelo Journal of Lipid Research sugeriu que eles podem afetar o colesterol de forma diferente, dependendo da etnia e sexo do paciente.

Os indivíduos analisados foram acompanhados ao longo de nove anos. Foi solicitado que realizassem atividades físicas equivalentes a uma hora extra de exercícios leves ou meia hora de exercícios moderados por semana. O estudo concluiu que as práticas foram associadas ao aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL), ou colesterol bom, em cada grupo estudo. Por outro lado, os níveis de LDL, colesterol ruim, caíram apenas em mulheres, especialmente as afro-americanas.

7 – Alimentos “livres de colesterol” ainda podem aumentar o LDL

O colesterol é produzindo no fígado dos animais, podendo ser encontrado em produtos derivados deles, como carne, leite e ovos, por exemplo. Certos fabricantes, por vezes, podem até afirmar honestamente que seus alimentos possuem pouco ou nenhum colesterol. No entanto, isso não significa que eles não possam aumentar os níveis de LDL.

Muitos dos alimentos fritos industrializados contêm as chamadas gorduras trans, que ocorrem quando o óleo vegetal é transformado em gordura sólida. Estas, juntamente com as saturadas, são as principais culpadas pelos níveis elevados de colesterol em alimentos. No entanto, não são listadas como tal na embalagem dos alimentos. Por isso, é essencial conferir cuidadosamente a lista de ingredientes e nutrição nos rótulos, olhando para os teores de gordura, antes de considerar a compra.

8 – Colesterol alto pode causar disfunção eréctil

Como você sabe, o LDL é ruim para o coração, podendo também causar outros problemas de saúde, como disfunção eréctil. Em um estudo realizado na Suécia, em 2005, pesquisadores descobriram que homens com níveis de LDL acima de 270 mg/dL, estavam cerca de 4,5 vezes mais propensos a desenvolverem câncer nos testículos do que os apresentaram valores de 220 mg/dL, ou abaixo – embora os autores tenham avaliado que a ligação possa ter sido influenciada por outros fatores.

Ainda, os níveis elevados foram associados a um risco maior de disfunção eréctil, insuficiência renal e doença de Alzheimer. Outro estudo realizado em 2009 mostrou que dietas ricas em colesterol estão associadas ao risco de cirrose ou câncer de fígado.

[ CNN ] [ Foto: Reprodução / Viva Melhor Online

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