Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Dalhousie, no Canadá e Universidade do Havaí concluiu que menos de 15% das estimadas 8,7 milhões de espécies na Terra foram descobertas, deixando 85% delas ainda na obscuridade. Por exemplo, até o momento, catalogamos apenas 7% do número previsto de fungos existentes e menos de 10% de todas as criaturas do oceano.
Por esta razão, biólogos em todo o mundo resolvem tomar nota quando carcaças consideradas estranhas são descobertas. Logo, a história está repleta de relatórios que dissertam sobre a revelação de criaturas terrestres e marinhas não identificadas e até mesmo casos incomuns envolvendo seres humanos. Na lista abaixo, publicada originalmente pela toptenz.net, você confere 10 dos cadáveres mais estranhos já encontrados.
10 – Princesa Persa
Em outubro de 2000, autoridades do Paquistão receberam uma dica de um homem chamado Ali Akbar e um vídeo que supostamente mostrava uma múmia antiga. Ela teria sido colocada à venda no mercado negro por um valor de 20 milhões de dólares. Após ser encontrada em posse de um iraniano chamado Sharif Shah Bakhi, ela foi recuperada para estudo. Então, no mesmo mês, uma equipe de arqueólogos da Universidade de Quaid-e-Azam, em Islamabad, anunciou que a múmia parecia ser o corpo de uma princesa datada de 600 a.C.
Encontrada em um caixão de madeira dourada, ela foi disposta sob um peitoral com escritas cuneiformes e um sarcófago de pedra. O corpo havia sido embalado em uma mistura de cera e mel, possuía uma elegante coroa com uma inscrição de seu nome, Rhodugune, filha do rei Xerxes I, da Persa, da dinastia de Achaemenid. Logo, a descoberta foi saudada como um grande achado arqueológico e até fez com que governos do Irã e Paquistão lutassem pela sua propriedade.
No entanto, o caso chamou atenção de outros estudiosos, que resolveram investigar mais a fundo o caso. Logo, eles descobriram que as inscrições no peitoral da múmia tinham erros gramaticais. Além disso, radiografias revelaram evidências de operações relativamente modernas. Pesquisadores concluíram então que o cadáver na verdade pertencia a uma mulher moderna, de 21-25 anos, que provavelmente morrera por volta de 1996.
9 – Blob chileno
Em julho de 2003, uma gigantesca massa de 13 toneladas e tecido avermelhado, foi encontrada na Praia de Pinuno, em Los Muermos, no Chile. A carcaça teria 12,5 metros de comprimento e 5,8 m de largura. A descoberta, obviamente, chamou atenção internacional, com os biólogos dizendo impossível identificá-la. Artigos escritos sobre o caso especulavam que a criatura marinha de aparência gelatinosa poderia ser o tão procurado polvo gigante, que até então era desconhecido pela Ciência.
Enquanto isso, outros acreditavam se tratar de um resto mortal de tubarão ou baleia cachalote. O corpo foi levado para ser preservado por cientistas chilenos, no entanto, por terem usado uma solução de formaldeído, acabaram destruindo a capacidade do laboratório de identificar certas sequências de DNA.
8 – Trunko
Em outubro de 1924, banhistas de uma praia em KwaZulu-Natal, na África do Sul, testemunharam uma batalha marítima entre uma criatura gigante de cor branca e duas baleias. Uma das testemunhas, Hugh Balance, afirmou que o animal parecia um “urso-polar gigante” e que teria usado uma espécie cauda, semelhante à de uma lagosta, para atacar as baleias. Mais tarde, uma carcaça sem sangue de uma criatura marinha desconhecida foi encontrada. O corpo media 14,3 m de comprimento, 3 m de largura e 1,5 m de altura.
Segundo relatos oficiais, muitas pessoas tentaram identificar o Trunko. A maioria das explicações envolvia baleias ou tubarões. No entanto, em 2010, após o exame de fotografias do caso, determinou-se que a carcaça provavelmente seria um “globster” (cadáver não identificado), ou um saco de pele maciço e resistente à gordura que às vezes é deixado para trás quando uma baleia morre e seu esqueleto é separado do tecido.
7 – Monstro de Kitchenuhmaykoosib
Em maio de 2010, enquanto duas mulheres andavam pelas proximidades do lago Big Trout, noroeste de Ontário, no Canadá, elas ficaram alarmadas depois que seu cachorro recuperou o corpo de um pequeno mamífero com cerca 30 cm de comprimento. As mulheres resolveram fotografar o animal e rapidamente abandonaram o local.
Após as análises das imagens, foi determinado que a carcaça possuía alguns traços faciais bizarros e semelhantes a um javali, uma cauda parecida com a de um rato e formato do corpo semelhante ao de uma lontra. Apesar de o corpo já estar desaparecido quando elas voltaram no local, centenas de sites e agências de notícias haviam publicado artigos sobre o caso.
Moradores locais compararam o cadáver ao lendário monstro de Kitchenuhmaykoosib e a um animal conhecido como Omajinaakoos. De acordo com lendas de certas tribos nativas americanas no Canadá, o Omajinaakoos é uma criatura rara que vive em áreas pantanosas e riachos do país. Acredita-se que ele seja um presságio de má-sorte. Investigações posteriores determinaram que o corpo na verdade era de um vison-americano.
6 – O caso de Taman Shud
Em dezembro de 1948, o corpo de um homem não identificado foi descoberto na praia de Somerton, Adelaide, Austrália. Após uma autópsia realizada, foi determinado que o homem era um britânico com 40-45 anos, com 1,80 de altura e bom condicionamento físico. O corpo foi encontrado vestido com roupas de qualidade, incluindo camisa branca e um elegante casaco de aparência europeia. O fato é que todas as etiquetas das peças haviam sido removidas, seu rosto teria sido recentemente barbeado, possuía um cigarro apagado atrás da orelha e outro meio fumado preso no colarinho direito de uma jaqueta que usava.
Os médicos não conseguiram determinar sua identidade ou causa morte. Seus órgãos apresentavam intensa congestão, e seu baço foi considerado surpreendentemente grande. Ainda, um minúsculo pedaço de papel escrito “Taman Shud” estava costurado às calças do morto. Descobriu-se que a frase era encontrada na última página de uma coleção de poemas chamadas, O Rubaiyat, de Omar Khayyam, que pode ser traduzida como “terminado” ou “finalizado”.
Pressionada para resolver o caso, a polícia australiana resolveu embalsamar o corpo. A descoberta veio ao público e um homem procurou as autoridades para informar que havia encontrado uma primeira edição rara do livro em seu carro, que estava faltando um pedaço da última página. Também foi descoberto que o livro pertencera a uma ex-enfermeira, chamada Jestyn, cujo telefone estava marcado no exemplar. Pesquisadores que investigaram o caso tentaram localizar a mulher, mas descobriram que ela havia morrido em 2007. Evidências recuperadas sugerem que a família de Jestyn estava relacionada com o homem de Somerton.
5 – Lyuba
Em maio de 2007, um criador e caçador de renas, chamado Yuri Khudi, descobriu a carcaça de um mamute congelado na península de Iamal, no Ártico. O cadáver foi chamado de Lyuba e pesava cerca de 50 quilos. Determinou-se que o animal teria morrido há 42.000 anos, com apenas um mês de vida. Foi considerada a carcaça de mamute mais preservada do mundo, uma vez que ainda tinha olhos, pele e órgãos intactos.
Após análises, cientistas descobriram que o animal era saudável e que teria morrido após ficar preso em uma lama profunda e sufocante, motivo pelo qual o corpo foi preservado. O caso, obviamente, chamou a atenção de especialistas em todo mundo. Atualmente, uma equipe de pesquisadores japoneses está experimentando retirar amostras intactas de DNA na esperança de poder cloná-la.
4 – O monstro de Montauk
Jenna Hewitt, uma mulher de 26 anos de Montauk, Nova York, juntamente com três amigos, disse ter encontrado uma criatura próxima a praia de Ditch Plains. A história foi contada em um jornal local, especulando que o animal poderia ser uma espécie de tartaruga-marinha ou mutante. O artigo ainda citou o nome de Larry Penny, diretor de Recursos Naturais da região de East Hampton. Ele teria dito que a carcaça era de um guaxinim com mandíbula superior ausente.
A história obviamente chegou à internet, sendo distorcida de todas as formas. De acordo com o paleozoólogo Darren Naish, que estudou a fotografia, a carcaça de fato se tratava de um guaxinim. Em março de 2011, a National Geographic exibiu um programa falando sobre o suposto “monstro de Montauk”, também confirmado a informação de Naish.
3 – Carcaça de Zuiyo Maru
Em abril de 1977, uma embarcação japonesa navegava ao leste de Christchurch, na Nova Zelândia, quando os tripulantes avistaram uma criatura estranha presa à rede de arrasto do navio, a uma profundidade de 300 metros. Eles então puxaram a maciça criatura para a superfície, de 1.800 kg, para descobrir que a carcaça possuí um cheiro forte de decomposição. Com 10 metros de comprimento, um pescoço de até 1,5 m, quatro grandes barbatanas avermelhadas e uma cauda de 2,1 m de comprimento, ninguém soube identificar qual sua origem.
O capitão do navio, Akira Tanaka, decidiu despejar a carcaça novamente ao mar, mas antes uma coleção de fotografias foi registrada. Uma amostra da pele da criatura também foi retirada para análise. Logo, vários jornais no Japão publicaram artigos sobre o caso, e cidadãos de todo o país ficaram intrigados com a criatura. De acordo com um professor da Universidade de Yokohama, Tokio Shikama, tratava-se dos restos mortais de um plesiossauro extinto.
Em julho do mesmo ano, a Taiyo Fish Company publicou um relatório preliminar sobre as amostras de tecido, indicando uma semelhança em grupos de animais ainda vivos, incluindo o tubarão-frade, considerado segundo maior peixe do mar, que pode crescer até 9 metros de comprimento. No entanto, o espécime em questão parecia ter cerca de 12 m.
2 – A múmia das montanhas de San Pedro
Em outubro de 1932, dois garimpeiros, Cecil Mayne e Frank Carr, descobriram uma curiosa abertura enquanto procuravam por ouro nas montanhas de San Pedro, próximo a Casper, Wyoming, nos EUA. O lugar possuía aproximadamente 1,22 m de altura, 1,22 m de largura e 4,57 m de profundidade. Quando entraram ali, ficaram surpresos com uma múmia de tamanho minúsculo.
A carcaça foi encontrada sentada em posição vertical e possuía 35 cm de altura. Sua pele era marrom e enrugada, tinha o crânio achatado e seus olhos estavam pesados e abaulados. A múmia ainda exibia um nariz achatado, boca grande e lábios finos. O corpo estava muito bem preservado e possuía unhas visíveis. A cabeça estava coberta por uma substância escura e gelatinosa que aparentemente fora usada para mantê-la preservada.
Cientistas de todo país quiseram analisar os restos mortais. Em 1950, raios-x mostraram que ela de fato possuía um esqueleto semelhante ao humano, mas que alguns ossos haviam sido quebrados, incluindo coluna vertebral, clavícula e crânio, o que indicava uma morte violenta. Um especialista chamado Dr. Henry Shapiro, do Museu Americano de História Natural, após estudas os exames, chegou a afirmar que a múmia era o corpo de um homem de 65 anos de idade e que possuíam os caninos particularmente grandes. Na mesma década, a informação foi confirmada por pesquisadores de Harvard.
No entanto, 30 anos depois, um antropólogo forense, chamado Dr. George Hill, propôs uma nova teoria sobre o caso. Segundo ele, o corpo era de um bebê de uma desconhecida tribo indígena, e anos depois da descoberta, um achado semelhante foi encontrado na mesma área. Embora existam muitas alegações envolvendo lendas, muitas falando sobre a existência de uma raça de pessoas muito pequenas, o fato é que a múmia de San Pedro sumiu do mapa. Uma vez exposta por anos em uma farmácia local em Meeteetse, Wyoming, relatos contam que em 1979 ela foi passada para um empresário chamado Leonard Wadler, e não foi vista desde então. Logo, até que seja encontrada novamente, não poderemos saber qual sua verdadeira origem.
1 – Criatura do Panamá
A criatura do Panamá refere-se a uma carcaça encontrada próximo a cidade de Cerro Azul, Panamá, em setembro de 2009. De acordo com uma série de artigos sobre o caso, ela teria sido encontrada por um grupo de jovens no momento em que saía de uma caverna. Eles teriam contado que o animal não possuía pelos, tinha um corpo coriáceo, dentes afiados, nariz esguio e longos braços.
Alegadamente, o animal teria se aproximado do grupo, que o espancou até a morte. Alguns relatos do evento ainda contam que os jovens teriam atirado o corpo em um rio, voltando mais tarde para fotografar a carcaça.Eles então enviaram as imagens para uma estação de TV do país, e a história, obviamente, chamou a atenção de todo o mundo. Muitos especularam a identidade da criatura, sugerindo se tratar de uma preguiça sem pelos, um espécime desconhecido e até mesmo um alienígena.
Após uma biópsia realizada por autoridades ambientais do país, concluiu-se que o animal era na verdade uma preguiça, que adquiriu tal aspecto incomum devido à exposição do cadáver à água. Uma vez identificado, o cadáver foi devidamente enterrado.
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