Novo tratamento promete impedir evolução de câncer no pâncreas

de Gustavo Teixera 0

O câncer é uma das doenças que mais causa mortes no mundo. Dentre todos os tipos de câncer, o pancreático se encontra na oitava colocação no ranking de mortalidade.

O câncer no pâncreas pode ser dividido em dois grupos: os tumores exócrinos, que secretam substâncias para fora do corpo ou para dentro de uma cavidade, e tumores endócrinos, que secretam de maneira interna.

O tipo mais comum são os tumores exócrinos, que correspondem a 90% dos casos.

O câncer no pâncreas é um tipo de câncer muito agressivo pois demora para ser diagnosticado e é resistente à quimioterapia. 

A proteína S100P, geralmente liberada nos cânceres mais agressivos, aparece em grande quantidade no câncer de pâncreas.

Por isso ela é estudada por muitos cientistas para desenvolver medicamentos e prevenir a propagação de cânceres mais agressivos.

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Fotomicrografia de citologia por aspiração com agulha fina (FNA) guiada por tomografia computadorizada (CT) de uma massa pancreática mostrando células malignas indicando adenocarcinoma.

Pesquisadores da Universidade de Hertfordshire no Reino Unido em parceria com Dr.ª Tatjana Crnogorac-Jurcevic, do Barts Cancer Institute, da Universidade Queen Mary de Londres, projetaram novos compostos através de métodos químicos que poderiam impedir o aumento da proteína S100P. Eles produziram estruturas a partir do medicamento Cromolyn, usado no tratamento de asma.

Eles também conseguiram 18 outras drogas em potencial que foram testadas para verificar sua toxicidade.

Esses compostos impediram que as células cancerosas migrassem. Os pesquisadores já iniciaram novos testes para verificar possíveis efeitos colaterais. Assim que finalizada, essa pesquisa pode fazer a diferença no tratamento do câncer de pâncreas.

Fonte: Diário de Biologia Fotos: Reprodução / Diário de Biologia

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