Você não está sendo paranoico, seu smartphone realmente está ouvindo tudo o está sendo dito ao seu redor.
Esse alerta foi feito pelo especialista Peter Henway, consultor sênior de segurança para a empresa de segurança cibernética Asterisk, de acordo com informações do Daily Mail.
Segundo ele, por anos usuários de smartphones têm se queixado da sensação assustadora de estarem sendo ouvidos pelos próprios celulares.
De fato, muitos compartilham histórias semelhantes de que, após conversarem sobre determinado produto ou destino de férias com amigos ou parentes, logo depois foram exibidos anúncio sobre o mesmo tema em aplicativos de mídia social.
De acordo com Henway, a explicação para isso é que de tempos em tempos, trechos de áudios são enviados de maneira criptografada para servidores, como o de Facebook, por exemplo.
No entanto, ainda não há um entendimento oficial sobre o que inicia (gatilho) isso. “Seja com base em tempo, localização ou uso de certas funções, alguns aplicativos certamente estão usando essas permissões de microfone periodicamente”, alertou.
Ele disse que aplicativos como Facebook e Instagram podem ter milhares de gatilhos para iniciar o processo de mineração de conversas para determinar oportunidades de publicidade. Por exemplo, uma conversa casual sobre comida de gato ou lanches pode ser suficiente para ativar a tecnologia.
“Tendo em vista que o Google é completamente aberto sobre isso, eu pessoalmente diria que outras empresas estão fazendo o mesmo”, disse ele. “Realmente não há razão para que não façam. É algo que faz sentido, do ponto de vista do marketing, e seus acordos com o usuário e lei permitem isso”.
De fato, a prática não é ilegal. No entanto, a pessoa deve consentir ativamente que seus dados sejam coletados e usados para anúncios, algo que normalmente é descrito nas linhas dos “Termos e Condições de Uso” – que normalmente aceitamos sem ler.
Entretanto, o Facebook nega categoricamente que esteja usando microfone de smartphones para coletar informações para fins de publicidade direcionada.
A empresa já disse que a sensação sentida pelos usuários é meramente um exemplo de percepção intensificada, ou um fenômeno pelo qual estamos propensos a perceber as coisas que falamos recentemente.
Essa ideia de “paranoia”, no entanto, não é compartilhada por grande parte dos especialistas em tecnologia, que afirmam que as empresas têm o poder de varrer por meio de algoritmos milhões de conversas aleatoriamente em busca de frases repetidas ou nomes identificáveis.
A intenção é de procurar por padrões e selecionar coisas potencialmente úteis sobre comportamento e interesses. No entanto, nada ainda foi oficialmente comprovado.
Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Pexels