Monumento de 1.500 anos foi descoberto no Cazaquistão

de Julia Moretto 0

Arqueólogos descobriram um gigante monumento de pedra de 1.500 anos de idade perto do mar Cáspio, no Cazaquistão. A estrutura lembra Stonehenge, com lajes de pedra individuais saindo do chão.

Segundo os pesquisadores, o monumento que está localizado em uma área do tamanho equivalente ao de 200 campos de futebol americano, poderia ter sido feito pelos hunos.

Cada uma das pedras é de tamanho diferente, com as menores medindo 4 metros de largura e altura e as maiores chegando até a 34 por 24 metros. Os cientistas não sabem explicar o porquê de as pedras serem tão variadas. Pesquisadores da Mangistaus State Historical and Cultural Reserve in Kazakhstan e da Academia de Ciências da Rússia tentam descobrir quem construiu a enorme estrutura.

O estudo começou em 2010, quando um homem com um detector de metais na região de Altÿnkazgan notou algo estranho – pedaços de uma sela prata perto de uma laje maciça de pedra. Não é incomum que arqueólogos encontrem peças no subsolo, e o achado acionou o trabalho do órgão de pesquisa do Cazaquistão.

Infelizmente, a situação socioeconômica na região não facilita o envolvimento em pesquisa arqueológica. Só em 2014 que os autores deste artigo foram capazes de escavar certos recursos“, relatou um dos membros da equipe.

Depois de finalmente conseguir os fundos para estudar o local quatro anos depois de ter sido encontrado, a equipe descobriu que a estrutura de pedra se estendia por muito mais do que se pensava inicialmente, e encontrou mais peças da sela. A equipe não tem certeza ainda, mas especula sobre a autoria do monumento. Marcas encontradas sugerem que as pedras foram construídas por uma tribo nômade na época em que o Império Romano estava caindo.

Nessa área, havia apenas uma opção: os hunos, nômades que pilharam e saquearam a Europa Oriental e Ásia Central durante centenas de anos entre o primeiro e o sétimo século d.C., embora a equipe afirme que são necessárias mais provas para tirar conclusões definitivas. “O avanço dos hunos levou vários grupos étnicos nas estepes da Eurásia a se deslocarem de suas terras” escreve a equipe, dando a entender que os hunos poderiam ter forçado outro grupo a sair da região em suas conquistas.

Os restos de esqueletos foram encontrados perto de uma das pedras, mas eles não foram datados, o que significa que não podemos dizer se as pedras teriam servido como sepulturas.

Serão necessárias mais análises e escavações para que a equipe compreenda o significado da estrutura, mas os pesquisadores esperam ter uma ideia melhor em 2017.

[ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / Evgeniï Bogdanov ]

Jornal Ciência