Misterioso planeta que “não deveria existir” é encontrado a 920 anos-luz da Terra

de Otto Valverde 0

Um planeta gigante e gasoso, do tamanho aproximado de Netuno, foi descoberto recentemente e deixou os astrônomos impressionados.

De acordo com as teorias vigentes, ele não deveria existir, mas está orbitando perfeitamente sua estrela chamada NGTS-4.

Chamado de NGTS-4B, e apelidado pelos cientistas como “Planeta Proibido”, foi encontrado em uma região chamada de “Deserto de Netuno” a 920 anos-luz de distância da Terra.

A superfície do planeta é extremamente quente, algo superior a 1.800 ºC e desafia todas as pesquisas feitas até o momento. De acordo com os dados, ele simplesmente deveria ter evaporado toda a sua atmosfera, mas isso não ocorreu.

O “Deserto de Netuno” é uma região devastada por imenso nível de radiação onde acreditava-se não poder existir nenhum tipo de planeta gasoso do tamanho de Netuno ou próximo.

O “Planeta Proibido” está tão próximo de sua estrela que faz uma órbita completa a cada 1,3 dia. A descoberta do planeta NGTS-4B foi feita pela Universidade de Warwick, na Inglaterra.

O planeta é 20% menor que Netuno. Além disso, é 3 vezes maior que a Terra, sendo muito mais quente que Mercúrio, o planeta do Sistema Solar mais próximo do nosso Sol.

Como ele foi parar ali?

As teorias astronômicas dizem que o planeta chegou até a estrela “recentemente” – algo em torno de alguns milhões de anos através de atração gravitacional – e não foi formado no local.

Algumas teorias acreditam que ele possa ter sido muito maior do que é atualmente e sua atmosfera pode estar evaporando lentamente e não ter sido percebido pelos cientistas.

Como é o processo de encontrar um novo planeta?

Geralmente, os astrônomos buscam encontrar uma estrela. Após isso, a estrela é observada por longo tempo para que algum planeta que a orbite passe em sua frente e, naquele momento, reduza o seu brilho.

Neste caso, o planeta NGTS-4B, orbitou na frente da estrela e fez seu brilho natural cair 0,2%, o que permitiu aos astrônomos descobrirem sua existência.

Fonte: Daily Mail Foto: Divulgação

Jornal Ciência