Mesmo se você não for religioso, certamente já ouviu alguns nomes que te deixaram um pouco curioso. Por exemplo, você já deve ter ouvido falar da Madre Teresa de Calcutá, que está aguardando para ser santificada pelo processo de canonização. Mas, você sabe o que significa ser um “santo” e o que é o processo de “canonização”?

 

Diversas religiões acreditam que pessoas que mostram virtudes ideais podem receber status especial. Evidentemente, cada religião possui sua própria hierarquia e nomenclatura, mas, na Igreja Católica, essas pessoas são consideradas santas.

 

Já a canonização, é o processo pelo qual uma pessoa precisa passar para ser considerada santa no catolicismo. Ela é o processo final, pois para chegar a esse estágio, alguns passos precisam ser realizados.

 

O que é ser santo?

Quando uma pessoa é categorizada como santa, ela se transforma em passível de veneração pela Igreja Católica. Alguns se tornam santos padroeiros e protegem pessoas com determinadas causas, como doenças, nacionalidades ou profissões.

 

Virar um santo não é tarefa fácil. Conheça os passos que devem ser seguidos, de acordo com o processo católico:

 

Como se santificar:

1 – O primeiro passo do processo se inicia cinco anos após a morte do candidato. O tempo é necessário para que haja mais objetividade na avaliação dos seus feitos e garante que emoções ligadas ao falecimento não sejam predominantes durante o julgamento.

 

2 – No segundo passo, o bispo local realiza uma procura na vida e nos escritos do candidato buscando evidências de virtudes heroicas. Pode haver um tribunal para que as pessoas testemunhem sobre o indivíduo estudado. Após reunir as informações, elas são enviadas ao Vaticano para que possam ser analisadas. Nesse momento, o candidato é considerado Servo de Deus. 

 

3 – Com os documentos reunidos, as informações são avaliadas pela Congregação para a Causa dos Santos. Caso as conclusões sejam favoráveis ao candidato e forem identificadas virtudes heroicas, o Papa pode conceder o título de “venerável”.

 

4 – O próximo passo é a beatificação – processo em que é analisado se há algum milagre póstumo de autoria do Servo de Deus. Antes de ser validado, o milagre precisa ser estudado. Um exemplo ocorreu com a Madre Teresa de Calcutá, que foi beatificada em outubro de 2003, após curar uma indiana com um tumor no estômago. Depois de ser identificado como realizador do milagre, o candidato recebe o título de Beato.

 

5 – Se a pessoa já foi beatificada, é necessário outro milagre póstumo para que ela possa ser canonizada. Após esse processo final, ela é considerada santa.

 

Variedade

Existem santos para variadas causas, ocupações e localizações. A Igreja Católica canonizou mais de 3 mil pessoas, mas o número de santos é desconhecido, já que nem todos realmente são oficializados.

 

No Brasil, por exemplo, temos como padroeira Nossa Senhora Aparecida. Ela é considerada protetora das grávidas, recém-nascidos, rios, mares, ouro, mel e beleza. Já São José de Cupertino é considerado o protetor dos tripulantes, passageiros e pilotos de aeronaves, asa-delta, ultraleve e outros.

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Jornal Ciência