Um beijo pode compartilhar 80 milhões de micróbios, dizem cientistas!

de Bruno Rizzato 0

Ao beijar alguém, você compartilha mais do que um carinho. Como um brinde, cerca de 80 milhões de bactérias que vivem na boca são trocadas, segundo os cientistas.

A pesquisa mostra que quando os casais se beijam por pelo menos 10 segundos, suas microbiotas salivares tornam-se semelhantes devido à transferência de micróbios de uma boca para outra. Os resultados são de um novo estudo que investigou os “efeitos de um beijo íntimo sobre a microbiota oral”.

Outros estudos descobriram que cada pessoa possui cerca de 100 a 200 espécies de micróbios em sua boca, mas a maioria é inofensiva e, na verdade, nos protege de infecções. “Queríamos saber até que ponto os parceiros compartilham sua microbiota oral, e descobrimos que quanto mais um casal se beija, mais semelhantes suas microbiotas são”, disse Remco Kort, da Netherlands Organisation for Applied Scientific Research, na Holanda.

Eles recrutaram 21 casais para o estudo. Após questionários e análises salivares, foi descoberto que quando casais compartilham um beijo íntimo, sua microbiota salivar se torna totalmente semelhante após nove beijos diários. Os pesquisadores usaram estes resultados na tentativa de descobrir exatamente quão semelhantes são as bactérias entre os casais.

Uma pessoa de cada casal foi convidada a beber uma bebida de iogurte probiótico, e depois de esperar alguns minutos, instruída a beijar seu parceiro novamente. Assim como os pesquisadores esperavam, as bactérias probióticas, que não estão sempre na boca humana, foram transferidas no beijo, juntamente com outras 80 milhões de bactérias. “Há uma série de estudos que mostra que o aumento diversidade de bactérias, de diferentes espécies, é uma coisa boa. Beijar também poderia agir como uma forma de imunização à exposição de mais microrganismos. Se você olhar para o beijo a partir deste ponto de vista, ele é muito saudável”, disse Kort.

O estudo também sugere um papel importante de outros fatores que acarretam na microbiota bucal, tais como um estilo de vida compartilhado e hábitos de cuidados alimentares e pessoais, especialmente para a microbiota na língua, disseram os pesquisadores.

A equipe também encontrou relação em uma pesquisa separada, que mostra que 74% dos homens relataram beijos íntimos mais frequentes do que suas parceiras do sexo feminino. Isto resultou em uma média relatada de dez beijos para os homens, o dobro em relação ao sexo feminino, que relatou uma média de cinco por dia.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Pixabay ]

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