O que acontecerá nas semanas após a morte da rainha Elizabeth II?

de Redação Jornal Ciência 0

Elizabeth II tem sido rainha do Reino Unido e de 14 outros estados independentes, chamados Reinos da Comunidade de Nações, desde 1952. Considerada a monarca a mais tempo no trono britânico, seu reinado começou quando tinha apenas 25 anos.

Hoje aos 95 anos, prestes a fazer 96 anos na próxima quinta-feira, 21/04, é seguro dizer que talvez ela não esteja entre nós até o fim dessa década, pela idade avançada. Embora goze de ótima saúde, o que vai acontecer quando a Rainha Elizabeth II morrer? Seus sucessores, primeiro seu filho Charles e segundo o neto Willian, já estão prontos para assumir a posição real. 

Mas, você já parou para pensar no que exatamente acontecerá a seguir de sua morte? Tenha em mente que, embora soe uma coisa macabra pensar sobre, os governos e a imprensa de todo o mundo já estão preparados para isso há décadas. Confira a lista abaixo:

1 – “O Plano” é algo semelhante a um filme de espião

A última vez que um monarca britânico morreu foi em 1952. A notícia foi transmitida por meio do código “Hyde Park Corner”, a fim de evitar que operadores de painéis telefônicos descobrissem e divulgassem a informação sobre a “Operação Tay Brigde”, como foi chamada, mais cedo.

Já para Elizabeth II, embora o código seja secreto, o plano para o seu falecimento será chamado de “Operação London Bridge” e basicamente consiste em operação militar secreta. Se ela morresse hoje a primeira pessoa a ser avisada seria o primeiro-ministro do Reino Unido, que será informado sobre a “queda da London Bridge”.

Em seguida, o Centro de Respostas Globais do Ministério das Relações Exteriores enviará as notícias de um local secreto, através de canais fechados, para os 15 governos estrangeiros onde a rainha também é chefe de estado.

A notícia também será enviada para as 36 nações da Commonwealth, onde a rainha serve como figura simbólica. Embora exista a questão do sigilo, é muito provável que o resto do mundo descubra sobre a morte alguns instantes depois.

Já sobre a imprensa, a primeira a ser avisada será a agência de notícias Press Association, que receberá a informação do primeiro-ministro uma hora depois do ocorrido.

2 – Será o maior funeral da história

Quando Elizabeth II “se juntar à grande maioria”, será o maior funeral de todos os tempos, se não o evento mais visto na história.

Enquanto a morte da princesa Diana teve mais de um milhão de pessoas no cortejo fúnebre e 2,5 bilhões de pessoas assistindo pela TV, é muito provável que o funeral da rainha supere em absoluto esses números.

As previsões atuais para o funeral da rainha estimam pelo menos meio milhão de pessoas em luto. Considere ainda que uma nação inteira irá alterar sua aparência enquanto a burocracia real entra em ação. Telas públicas serão colocadas em todo o país para que as pessoas possam assistir ao funeral.

Quase todas as bandeiras serão reduzidas a meio mastro e quase todas as empresas e lojas fecharão. Dignitários estrangeiros de todo o mundo abandonarão seus planos em agenda para comparecer ao cortejo fúnebre.

3 – O funeral será como feito nos anos 1800

Isso porque a Grã-Bretanha usará toda a tradição, pompa e cerimônia que puder para voltar no tempo pelo menos em 200 anos. Serão dispostos cavalos, carruagens, canhões e uniformes militares tradicionais pelas ruas de Londres, bem como soará os sinos das igrejas.

Sistemas antigos, tradições e cerimônias, alguns que não são vistos em mais de seis décadas, serão revividos. Até mesmo o anúncio oficial será feito por um lacaio real, que pregará um aviso nos portões do palácio.

Tenha em mente que o Reino Unido não tem medo de parecer antiquado para fazer um bom espetáculo e a própria rainha compreende a importância de toda essa teatralidade antiga. “Eu tenho que ser vista para que eles acreditem em mim” é supostamente um dos seus slogans pessoais de rainha.

4 – Tudo já está meticulosamente preparado

A operação London Bridge está pronta e desenhada até o último minuto, esperando apenas acontecer. Logo após a morte da Rainha, o príncipe Charles será oficialmente proclamado rei às 11 horas da manhã do dia seguinte. No dia do funeral, o Big Ben tocará às 9h, e o caixão alcançará as portas da Abadia de Westminster às 11h.

Fora da Grã-Bretanha, outros governos têm seus arranjos secretos e quase todos os meios de comunicação do mundo também. As estações de rádio já até pré-arranjaram listas de reprodução de músicas apropriadamente fúnebres. As grades da TV também podem ser alteradas a qualquer momento para remover qualquer programa de humor.

A imprensa mundial por outro lado, como a CNN nos EUA, já até preparou uma série de “pacotes” pré-gravados sobre a vida da rainha. Jornais britânicos, como o The Times, supostamente possuem prontos cerca de 11 dias sobre a monarca e muitos canais já têm contratos com especialistas reais para entrevistas exclusivas.

5 – A identidade nacional britânica mudará completamente

São muitos os elementos da cultura britânica que confiam a identidade da rainha. Por exemplo, seu rosto estampa a moeda britânica, enquanto sua insígnia está baseada nos uniformas da polícia e militares.

O hino nacional britânico é basicamente um poema à sua pessoa (“Deus Salve a Rainha”) e tudo isso terá que mudar.

Após sua morte, um novo modelo de moeda será imprenso, passaportes deverão ser alterados, bem como insígnias, selos e até mesmo pequenas coisas como uma caixa de correio com a sua imagem. Seu rosto será substituído pelo de seu sucessor, e até mesmo o hino será alterado para o rei (“God Save the King”).

6 – A morte custará bilhões

O custo imediato da morte da rainha será enorme. A economia do Reino Unido perderá em bilhões devido às horas dedicadas ao cortejo fúnebre, sem mencionar os custos diretos do funeral e eventos de coroação.

Nos 12 dias seguidos a sua morte, o Reino Unido permanecerá em luto, com lojas e bancos fechados. Nem é preciso dizer que tanto o funeral da rainha quanto a coroação do rei serão considerados feriados nacionais, custando à economia algo entre 1,2 e 6 bilhões de libras.

Embora o fluxo de turistas ajude a compensar algumas dessas perdas, a encomia da Grã-Bretanha ficará pior do que antes. A morte de uma figura nacional mundialmente famosa pode gerar uma sensação de incerteza econômica e influenciar na queda da bolsa de valores pelo mundo.

7- A Grã-Bretanha poderá se tornar uma república

Embora pesquisas sugiram que a monarquia continua sendo popular entre o público britânico, ter um novo rei sem a mesma história, estabilidade ou reconhecimento de Elizabeth pode mudar tudo.

Segundo o historiador Greg Jenner, a admiração pública pela Rainha Elizabeth é um enorme fator no apoio atual à monarquia. “Ela é realmente notável”.

Enquanto são poucos os que acreditam que a monarquia irá imediatamente desmoronar sem ela, há grandes especulações de que o apoio público cairá lentamente, já que Charles não é exatamente admirado, ao contrário, é muito criticado, especialmente e principalmente depois dos escândalos de traições que cometeu contra a princesa Daiana.

Muitos britânicos tinham verdadeira veneração pela princesa Daiana e, diretamente, “tomaram as dores” por ela com todos os escândalos expostos na mídia à época sobre o comportamento de Charles.

Fonte(s): ListVerse Imagens: Reprodução / ListVerse / Insider

Jornal Ciência