TOP 4 ideias erradas sobre a sexualidade que já foram levadas a sério!

de Otto Valverde 0

O corpo humano e todos os seus processos fisiológicos são bem compreendidos hoje. Porém, no passado, existiam muitas informações leigas sobre o assunto, embasadas em “achismo”, por observações rasas ou crenças em algo. Conheça agora 4 mitos sobre a sexualidade que foram levados a sério por muito tempo: 

 

1 – Clitóris é um mito

Hoje, a existência do clitóris é facilmente comprovada por um exame, mas, em um passado distante, ela já foi negada. Na Grécia Antiga, o conceito do ato sexual era, basicamente, a penetração. Eles acreditavam que mulheres homossexuais possuíam clitóris gigantes, que poderiam penetrar a vagina de outra mulher. Mesmo estando errados, não negavam o clitóris, ao contrário de Andreas Vesalius, anatomista belga que, na década de 1.500, teorizou a inexistência do órgão feminino.

 

O médico afirmava que as mulheres que possuíam clitóris eram hermafroditas com um pequeno pênis. A ausência do órgão seria exclusividade de mulheres saudáveis. O fato sustentava sua teoria de que os genitais masculinos e femininos eram opostos. Porém, como os homens não apresentavam nenhuma estrutura oposta ao clitóris, ele, por conveniência, preferiu classificar o órgão feminino em questão como uma anomalia. 

 

2 – Testículos podem estar ligados à voz

Na Grécia Antiga, os médicos já sabiam que os testículos estavam relacionados com a reprodução humana, mas Aristóteles ia além, acreditando que eles possuíam ligações com as cordas vocais através dos vasos sanguíneos. Ele acreditava que, na puberdade, com o início da produção de esperma, a descida dos testículos poderia causar interferência na voz, engrossando ela.  Porém, com a comum prática de castração na época, logo a teoria foi derrubada.

3 – Terceiro mamilo seria uma marcação do diabo

Segundo dados científicos atuais, uma em cada 18 pessoas possui um terceiro mamilo (mamilo supranumerário), podendo ter a aparência de uma pinta ou uma marca de nascença.

 

Porém, o que é um dado comum hoje era um problema na Idade Média. Na época, mamilos extras e outras marcas de nascença em mulheres seriam sinais de um pacto com o diabo. Caso suspeitassem da condição, a mulher era despida para averiguação das marcas e sentenciada à morte na fogueira.

 

4 – O útero pode percorrer o corpo

Na Grécia Antiga, ao saber que apenas as mulheres possuíam úteros, eles acreditavam que ele era determinante na diferença do comportamento entre os gêneros, e, quando não estivesse carregando um bebê, ele “passeava” pelo organismo, podendo danificar outros órgãos. Isso explicaria as constantes variações de humor femininas.

 

O evento era chamado de “histeria”, e perdurou até o Renascimento. Cólicas menstruais, depressão ou outros sintomas típicos de épocas da TPM, eram classificados como histeria. Mesmo quando os médicos descobriram que o útero, na verdade, não saía do lugar, o conceito permaneceu até o século 20. No final da década de 1.800, quando as mulheres eram diagnosticadas com a condição, o tratamento envolvia a provocação de orgasmos através de vibradores ou jatos de água com assistência médica.

[ Cracked ] [ Foto: Reprodução / Pixabay ]

Jornal Ciência