“Satã 2”: míssil nuclear da Rússia capaz de destruir o Sul do Brasil e o Rio de Janeiro de uma só vez

de Merelyn Cerqueira 0

A Rússia compartilhou com o mundo a primeira imagem de seu míssil balístico termonuclear intercontinental com poderoso poder de ataque.

Chamado em inglês de “Satan 2” (“Satã 2”, em tradução livre), o modelo RS-28 Sarmat foi revelado após anos de alarde por parte do governo russo.

De acordo com uma publicação do site associado ao Kremlin, a Sputnik, a superarma nuclear tem o potencial para destruir uma área “do tamanho do Texas”. 

Considerando que a extensão do estado do Texas é de 695.662 km², podemos calcular que ela é suficiente para destruir todo o Sul do Brasil juntamente com o estado do Rio de Janeiro, tudo isso em um só ataque.

A arma é capaz de lançar ogivas de 40 megatons, consideradas 2.000 vezes mais potentes do que as bombas nucleares lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 6 e 9 de agosto de 1945. 

Segundo o ex-secretário assistente do Tesouro para Políticas Econômicas dos EUA, Dr. Paul Craig Roberts, as bombas atômicas lançadas no Japão seriam apenas “estalinhos” se comparadas com as armas termonucleares russas. 

Um modelo SS-18 seria capaz de apagar três quartos de todo o estado de Nova York. Cinco ou seis desses “Satans”, como são conhecidos pelos militares dos EUA, poderiam fazer desaparecer toda a costa leste norte-americana, disse.

Como se sua potência não fosse suficientemente assustadora, Satã 2 também é capaz de se esquivar de defesas e viajar longe o suficiente para atacar qualquer lugar do globo terrestre. Sendo assim, após lançado, alcançaria qualquer parte do planeta Terra e dificilmente algo conseguir desviar ou paralisar seu percurso.

A imagem da arma de destruição em massa foi publicada por designers da empresa Makeyev Rocket Design Bureau, juntamente com uma breve declaração em língua russa que destaca que o modelo foi criado “a fim de garantir eficácia às tarefas de dissuasão nuclear das forças estratégicas da Rússia”.

O modelo original foi desenvolvido na década de 1970, na corrida da Guerra Fria, quando a antiga União Soviética alcançava sua paridade nuclear com os EUA. 

No entanto, esses mísseis estão se aproximando do fim de suas vidas úteis, uma vez que ambos os países assinaram em 2010 tratados que visavam restringir essas reservas balísticas intercontinentais. Apesar da trégua, a Rússia disse que deve manter uma dissuasão nuclear forte, em razão do envolvimento americano em questões europeias.

satan-2

Especialistas preocupam-se com o fato de que nações tão poderosas em questões militares estejam dedicando tempo para a construção de armas de potencial catastrófico, o que poderia ter um efeito devastador em nível caso ocorra ataques em uma guerra. Com a altíssima tecnologia atual, uma guerra entre países tão poderosos, poderia simplesmente destruir o planeta Terra.

Fonte: Gizmodo Foto: Reprodução / Business Insider via TASS 

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