Retinoblastoma: este “brilho” estranho nos olhos ao tirar uma foto pode ser câncer ocular

de Redação Jornal Ciência 0

Enquanto estava em uma viagem a trabalho em Tenerife, nas Ilhas Canárias, a fotógrafa Alessia conheceu Presley, que à época tinha apenas sete meses de vida.

Os pais da criança, Sophie Findlay e Darren, que estava de férias na região, encomendaram uma série de fotos. No entanto, após os cliques, Alessia percebeu um brilho estranho nos olhos de Presley e avisou seus pais sobre a possibilidade de se tratar de um câncer.

Desesperados, os pais voaram de volta para casa, em Jarrow, South Tyneside, Inglaterra, e submeteram a criança a alguns exames.

Presley foi diagnosticada com retinoblastoma, um tipo raro de câncer que normalmente afeta menores de cinco anos, segundo informações do Daily Mail.

Presley, que estava prestes a completar dois anos quando seu caso foi divulgado, passou por diversas sessões de quimioterapia, de modo que perdeu temporariamente a visão.

No entanto, os médicos esperam que ela se recupere completamente. Os pais, por outro lado, disseram ser gratos a fotógrafa, uma vez que sem ela teriam demorado para receber o diagnóstico e a menina poderia ter ficado permanentemente cega.

A mãe contou que quando viu a marca vermelha no olho da filha na foto pensou que fosse algo relacionado ao flash da câmera. No entanto, a fotógrafa teria alertado para o fato de que normalmente os olhos ficam brancos quando há interferência da luz.

Presley foi submetido a um tratamento no Royal Victoria Infirmary. Ele também passou por uma série de cirurgias a laser. Agora em recuperação, ela precisa passar por checku-ups regulares a cada seis semanas para monitorar a situação de sua condição.

O que é retinoblastoma?

De acordo com o NHS Choices, trata-se de um tipo raro de câncer ocular que geralmente afeta crianças menores de cinco anos. Normalmente é detectado de maneira precoce, o que dá às crianças chances de 98% de cura.

O retinoblastoma é especificamente um câncer da retina, uma região sensível à luz e localizada na parte posterior do olho. Ele pode afetar um ou ambos os olhos. Em 40% dos casos, a causa está associada a falha genética, podendo ser herdado dos pais. No entanto, também pode ocorrer de maneira espontânea.

Os sintomas mais comuns incluem pupilas semelhantes ao olho de um gato (normalmente observado em fotos) e estrabismo. O tratamento, quando envolve tumores pequenos, geralmente é feito com cirurgia a laser ou congelamento (crioterapia). Já para os tumores maiores pode ser necessária quimioterapia ou cirurgia.

Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail

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