Ele é encontrado na maioria dos alimentos industrializados: refrigerantes, sucos, enlatados, sorvete, iogurte, pão, cereais, geleias, ketchup, molhos, e até mesmo vitaminas e suplementos.
O xarope de milho, conhecido como (HFCS – high frutose), é uma conexão direta para a obesidade, diabetes e doenças cardíacas.
Você pode até olhar a extensa lista de alimentos e argumentar que é praticamente impossível de evitá-lo. No entanto, o xarope de milho é rico em frutose (o açúcar mais doce que existe) e ao contrário do que acontece com a glicose – que estimula a produção de insulina para diminuir o nível de açúcar no sangue – a frutose não é capaz de produzir o mesmo efeito dentro do pâncreas, embora pesquisas modernas contestem isso.
Em vez disso, a frutose vai funcionar como uma espécie de suporte para a produção dos triacilgliceróis (óleos e gorduras). Sendo assim, quanto maior o nível de frutose no sangue, maior será a produção desses triacilgliceróis, que são capazes de impedir que o hormônio leptina (responsável pela sensação de saciedade) chegue ao cérebro. O resultado dessa fórmula complicada é bem simples: obesidade e risco de doenças cardíacas, pois, sem leptina, o cérebro não envia sinais para que a pessoa pare de comer.
Um estudo realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), comprovou que ratos alimentados com uma dieta de alta frutose, em comparação com ratos alimentados de glicose, eram incapazes de atingir idade adulta. Entre os ratos machos, foram observados casos de anemia, colesterol alto e hipertrofia cardíaca – o que significa que seus corações cresceram até explodir – e em alguns deles, foram notados que os testículos não se desenvolveram corretamente. Já nas fêmeas, os resultados não foram tão drásticos, no entanto, elas eram incapazes de produzir bebês vivos.
Segundo o Dr. Meira Field, responsável pelo estudo, “todas as células do organismo podem metabolizar a glicose… no entanto, a frutose deve ser metabolizada pelo fígado. Os fígados dos ratos na dieta de alta frutose eram semelhantes a um fígado de alcoólatra, com gordura e cirrose”.
Outra polêmica, que não é tão recente, mas talvez você devesse relembrar, falava sobre a existência de mercúrio no xarope de milho. Isso porque, para a produção do HFCS, são necessárias quantidades pequenas de soda cáustica e ácido clorídrico (ambos contêm vestígios de mercúrio). O fato foi comprovado, após alguns testes realizados, pelo Instituto de Agricultura e Política Comercial dos Estados Unidos.
Além disso, a prática da plantação de milho, que requer uma grande quantidade de pesticidas e fertilizantes, enfraquece o solo. O que faz disso mais um dos motivos para que você abandone de vez o consumo desse produto extremamente nocivo à saúde.
[ MNN / Unesp / Alfredo Coelho ] [ Foto: Reprodução / Pixabay ]