Pesquisadores criam música para deixar bebês felizes

de Redação Jornal Ciência 0

Dr. Caspar Addyman se uniu à psicóloga musical Lauren Stewart a pedido da C&G Baby Club, para criar uma canção que deixa os bebês felizes. Em uma nota divulgada pela QZ, Addyman revela como aconteceu todo o processo e o seu resultado final.

 

A pesquisa envolveu estudos feitos anteriormente de como os bebês reagem a músicas e também o estudo “earworms”, aquele sobre músicas que grudam na cabeça, segundo o médico. “Descobrimos, surpreendentemente, que há poucas pesquisas sobre as preferências musicais de bebês. Isso foi encorajador, já que significou que era um projeto válido do ponto de vista científico”, complementa.

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Imogen Heap foi o artista escolhido para gravar a obra que teve que seguir algumas instruções, como por exemplo escrever a música em tom maior para incorporar uma melodia simples e repetitiva com aumentos de afinação, algumas viradas de baterias e outros elementos capazes de provocar surpresa e antecipação. Fora isso, a canção deveria conter um vocal feminino bem energético feito em tempo rápido e idealmente gravado na presença de uma criança.

Processo atencioso

Após a escolha da melodia campeã, 2.500 pais do C&G Baby Club votaram para escolher numa categoria de “sons bobos” que faziam a felicidade de seus filhos. Já que a felicidade é algo que deve ser compartilhado, o artista incorporou esses elementos em uma canção que pudesse agradar a todos, tanto os pais quanto os filhos.

 

Depois de uma rodada final de ajustes, tentamos um teste diferente. Se você já viu um bebê animado, você sabe que dois minutos e meio é muito tempo para segurar a atenção de uma única criança, quem dirá duas dúzias. Quando a ‘Canção Feliz’ tocou, nos deparamos com um mar de rostos concentrados. Essa parte final não foi muito científica, mas definitivamente me convenceu de que tínhamos um sucesso em mãos”, comenta Addyman. A versão finalizada da canção deverá ser utilizada em diversas pesquisas que envolvem bebês, especialmente sobre como são introduzidos no mundo da música. “Esperamos poder também investigar mais a fundo as respostas fisiológicas a canções felizes”, conclui.

[ Quartz ] [ Fotos: Reprodução / Quartz / Flickr ]

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