Nigeriano com enorme tumor no pescoço arrecada fundos para conseguir tratamento médico

de Bruno Rizzato 0

Um nigeriano com um tumor gigante – do tamanho de uma melancia – no pescoço precisa passar por uma operação urgente no Reino Unido ou nos EUA. Arisa Paul, de 27 anos, foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin há três anos, mas não pode pagar pelo tratamento para se livrar da doença mortal.

Agora, seus tumores estão em uma fase tão avançada que acabaram deformando-o, deixando-o quase irreconhecível. Os médicos conseguiram reduzir o tamanho do tumor de Paul, mas apenas um ano após a quimioterapia ele começou a crescer novamente, até tornar-se uma enorme massa no pescoço. Ele precisa passar por um tratamento de radioterapia urgentemente, mas infelizmente, não pode pagar por ele. Paul mora na Nigéria e também precisa pagar os cinco meses de tratamentos de quimioterapia.

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Uma amiga de Paul, que mora em Londres, na Inglaterra, Cynthia Nnadi, criou uma página no portal gofundme (https://www.gofundme.com/95pk26h8), de arrecadação de fundos, para tentar ajudar Paul a conseguir o tratamento de que ele tanto precisa.

Ela escreveu na página: “Este é um apelo urgente para um amigo querido. Meu amigo do ensino médio, Arisa Paul, tem lutado contra o câncer há anos e está passando por necessidades, precisando de sua ajuda para continuar a realizar mais tratamentos. Como Paul tem lutado contra essa condição terrível por anos, suas finanças já foram gastas e sua família é incapaz de arcar com o custo extra para o tratamento. Eles necessitam de ajuda”.

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Até agora, mais de 60 mil reais foram arrecadados, pela doação de mais de 400 pessoas em 11 dias. Cynthia postou, alguns dias depois: “Eu falei com Paul e ele me garantiu que está em boas mãos. Sua família está fazendo todo o possível para levá-lo ao melhor local de tratamento. Nós ainda estamos esperando a resposta dos pedidos de visto para levá-lo para os EUA ou ao Reino Unido para passar pelos cuidados de especialistas. Fizemos contato com oncologistas no Reino Unido e nos EUA, que nos deram uma estimativa aproximada do custo dos seus tratamentos. Ainda estamos aceitando qualquer quantia de doação, pois todos exigem uma quantidade colossal de dinheiro”.

Cynthia disse que ele deve deixar a Nigéria até o final da semana. “Eu com certeza posso dizer que Paul definitivamente ainda precisa da nossa ajuda e apoio para sobreviver a essa doença terrível. Confirmo que Paul está em boas mãos e está recebendo cuidados de seus médicos na Nigéria, enquanto nós finalizamos os meios de levá-lo ao exterior. Obrigada a todos pelo apoio e pelos esforços de todos para salvar Paul. Deus vos recompense”, concluiu ela.

O Linfoma de Hodgkin

O Linfoma de Hodgkin é um dos cânceres mais comuns em pessoas jovens. Geralmente, o diagnóstico ocorre entre os 15 e 29 anos. Estimativas do Reino Unido dizem que um em cada cinco dos 1.900 diagnosticados anuais possui menos de 24 anos. Quando o linfoma de Hodgkin é diagnosticado precocemente, ele pode ser facilmente tratado, mas às vezes é confundido por um bom tempo com uma infecção viral. Estima-se que um em cada quatro casos não seja diagnosticado até o paciente ser encaminhado a um hospital especializado.

De acordo com Jonathan Pearce, presidente-executivo da ONG Lymphoma Association, existem várias razões que dificultam um diagnóstico. “O linfoma pode se apresentar de várias maneiras diferentes. Não é como um câncer tradicional, que começa com uma massa sólida em um local específico. Os sintomas podem ser bastante vagos, ou replicar outras doenças e condições, algumas das quais são relativamente benignas”. O sinal mais comum de Linfoma de Hodgkin é um ou mais inchaços indolores na virilha, axilas ou pescoço, causados por um excesso de linfócitos afetados (glóbulos brancos) em um gânglio linfático.

Um diagnóstico precoce é a melhor esperança de cura. Quando diagnosticados no início, 90% dos pacientes ainda estarão vivos cinco anos após o diagnóstico, em comparação com cerca de 65% das pessoas que são diagnosticadas em estágio avançado. Novas drogas, como rituximab e brentuximab se provaram eficazes contra algumas formas de linfoma. Além disso, cirurgia, quimioterapia, radioterapia e transplante de células estaminais têm melhorado as perspectivas para muitos pacientes.

[ Mirror ] [ Foto: Reprodução / Mirror ]

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