NASA diz que asteroide 203 TX68 passará longe da Terra em março, mas existe chance de colisão em 2017

de Bruno Rizzato 0

Um asteroide de 30 metros de diâmetro foi visto pela primeira vez há 2 anos, quando passava perto da Terra. Agora, acredita-se que ele esteja próximo de retornar, no dia 8 de março.

A estimativa inicial da NASA mostrou que a rocha espacial passou a 17.000 km da Terra (21 vezes mais próximo de nós do que a Lua), mas admitiu que essa estimativa pode ser imprecisa, e o asteroide pode também ter passado pela Terra a 14 milhões de km, por exemplo.

Agora, a nova previsão para o asteroide conhecido como 2013 TX68 é que ele vai passar por nós aproximadamente a 5 milhões de quilômetros. “Observações adicionais do asteroide 2013 TX68 foram obtidas, refinando seu caminho orbital e estimando a data da demonstração aérea dele sobre a Terra entre os dias 5 e 8 de março”, disse a NASA.

As observações, feitas a partir de imagens de arquivo fornecidas pela exploradora de asteroides Pan-STARRS, financiada pela NASA, permitiu que os cientistas do CNEOS (Center for Near-Earth Object Studies), na Califórnia, EUA, refinassem suas previsões de demonstração aérea e distância anteriores, reafirmando que o asteroide não representa uma ameaça para a Terra. “Nós já sabíamos que esse asteroide passaria de forma segura, no início de março, mas esses dados adicionais permitem-nos ter um melhor controle sobre seu caminho orbital”, disse Paul Chodas, gerente de CNEOS.

Foto: Reprodução / Wikipédia
Foto: Reprodução / Wikipédia

Foi o astrônomo Marco Micheli do NEO Coordination Centre da Agência Espacial Europeia (NEOCC / SpaceDys), em Frascati, Itália, que identificou o objeto nas imagens arquivadas e mediu sua posição. Porém, segundo o CNEOS, apesar de passar, aproximadamente, a 5 milhões de quilômetros de nosso planeta, ainda há uma chance de o asteroide passar mais perto – porém, não mais que 24.000 quilômetros – acima da superfície da Terra.

As novas observações também restringem melhor o caminho de 2013 TX68 nos próximos anos. O CNEOS determinou que 2013 TX68 não pode impactar a Terra durante o próximo século. “Não há nenhuma preocupação em relação a esse asteroide. As perspectivas para a observação dele não eram muito boas, no início, mas agora é provável que ele passe ainda mais longe e, portanto, mais seguro do que se acreditava anteriormente”, disse Chordas.

Segundo a NASA, o asteroide 203 TX68, passará a 5 milhões de Km da Terra e não representa uma ameaça real.
Segundo a NASA, o asteroide 203 TX68, passará a 5 milhões de Km da Terra e não representa uma ameaça real.

Apesar disso, os cientistas identificaram uma possibilidade extremamente remota de que esse pequeno asteroide impacte a Terra em 28 de setembro de 2017. Os outros sobrevoos, estimados para 2046 e 2097, têm uma probabilidade ainda menor de impacto. “As possibilidades de colisão em qualquer uma das três datas futuras são pequenas demais para serem motivo de preocupação”, acrescentou o gerente do CNEOS.

Acredita-se que o asteroide 2013 TX68 tenha 30 metros de diâmetro. Em comparação, o asteroide que atingiu Chelyabinsk, na Rússia, há três anos, possuía cerca de 20 metros. Se um asteroide do tamanho de 2013 TX68 entrar na atmosfera da Terra, provavelmente iria produzir uma explosão de duas vezes a energia do evento de Chelyabinsk.

O asteroide foi descoberto pelo Catalina Sky Survey, da Nasa, em 06 de outubro de 2013, quando se aproximava da Terra. Após três dias de acompanhamento, o asteroide passou pelo céu durante o dia e não pôde mais ser visto, por não ter sido rastreado por muito tempo. Assim, os cientistas não podem prever precisamente sua órbita ao redor do Sol, mas eles sabem que ele não pode impactar a Terra durante o seu voo no próximo mês. Abaixo, um vídeo que mostra que pesquisas com lasers são usadas para uma possível solução no desvio ou destruição de asteroides que ofereçam impactos destruidores para os humanos: 

A NASA acompanha cerca de 12.992 objetos próximos da Terra que foram descobertos orbitando o interior do nosso Sistema Solar, perto de nossa própria órbita. Paul Chordas estima que cerca de 1.607 objetos sejam classificados como asteroides potencialmente perigosos.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / NASA / Don Davis ]

Jornal Ciência