Jade Pateman, uma jovem de apenas 22 anos e mãe de um menino de dois, que vivia em County Durham, Inglaterra, desenvolveu um câncer no colo do útero (ou câncer cervical), no final de 2014, no entanto, só foi diagnosticada com a doença em maio do ano passado.
Devido a esse diagnostico tardio, os médicos compreenderam que ela só teria mais 2 anos de vida pela frente. Porém, a doença evolui tão rápido que Jade acabou morrendo na semana passada, bem mais cedo do que o previsto. Antes de sua morte, Pateman fez uma campanha, através de petição online, para que o teste para câncer cervical fosse oferecido a jovens entre 20 e 25 anos. Ela acreditava que se isso tivesse sido feito antes, provavelmente teria salvo sua vida.
Sendo o segundo tipo de câncer que mais mata no mundo, de acordo com dados do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças do Papilomavírus Humano, o surgimento dessa condição está relacionado à doença sexualmente transmissível conhecida como HPV, ou vírus do papiloma humano, que pode causar o crescimento anormal das células na região.
No entanto, nem todos os casos de HPV levam ao câncer. Nesse caso, os sintomas – que podem ou não aparecer – envolvem hemorragia anormal e dor em torno da vagina, que podem ocorrer após as relações sexuais, além de dores e mau cheiro sentidos ao urinar. Se o câncer tiver se espalhado, podem ser notados outros sintomas, como prisão de ventre, perda do controle da bexiga, dor nos ossos e inchaço nas pernas e rins.
O exame citológico, também conhecido como Papanicolau, não foi criado para detectar o câncer em si, e sim para procurar anormalidades com o potencial de se transformarem em tumores, e deve ser feito assim que a mulher inicia a vida sexual. Por falta desse tipo de informação, e pelo fato de que muitos médicos acreditam que faz mal para uma mulher fazer o exame com menos de 25 anos, Jade foi submetida a uma condição precoce e mortal.
“Acredito que se eu tivesse feito o exame quando tinha 20 anos, poderia ter tido as células anormais removidas de meu corpo e estaria bem agora”, disse ela em entrevista para o Daily Mail. “Ao invés disso, eu fui classificada como ‘muito jovem’ e as células cancerosas se desenvolveram e se espalharam pelo meu corpo. Eu mencionei isso para a equipe de médicos do hospital, e eles concordaram, mas não é o suficiente, essa decisão tem que vir ‘de cima’”, completou.
Sendo assim, a jovem iniciou a petição, mesmo sabendo que nada mais poderia ser feito em seu caso. Ela esperava poder ajudar a salvar a vida de outras mulheres. A princípio, Jade foi tratada com antibióticos para curar a inflamação, no entanto, depois de alguns exames foi descoberto um tumor de seis centímetros no colo de seu útero, que já havia se espalhado para os nódulos linfáticos, estômago, peito e pescoço.
Apesar do diagnóstico de dois anos de vida, Jade viu-se determinada a prolongar sua vida para que pudesse passar mais um tempo ao lado do filho, Oscar. Sendo assim, ela foi submetida à quimioterapia, que terminou pouco antes do Natal do ano passado. No entanto, algumas semanas atrás ela foi avisada de que seu câncer havia chegado ao fígado e que não havia mais nada que pudesse ser feito. Ela faleceu no dia 11 de fevereiro de 2015.
Fonte: Daily Mail / Família / Procuro Mais Saúde Foto: Reprodução / Daily Mail