Mulher com condição raríssima tem perna de 100 kg amputada, mas ela voltou a crescer

de Merelyn Cerqueira 0

Mandy Sellars, 41 anos, de Lancashire, Inglaterra tem uma condição rara que causa o crescimento excessivo dos tecidos e ossos.

Após amputar uma perna que chegou a pesar mais de 100 quilos, ela surpreendeu os médicos ao relatar que o membro estava crescendo novamente. Logo, foi usado um tratamento pioneiro com medicamentos que ajudaram a encolher as pernas, reduzindo-as para 69 quilos.

Quando nasceu, Mandy tinha os membros inferiores cinco vezes maiores do que o tamanho natural, e os médicos temiam que ela nunca pudesse andar. À época, ela surpreendeu a Medicina quando deu os primeiros passos. E hoje, mais uma vez, mesmo depois de ter uma delas amputada, devido a um episódio de infecção generalizada. Dentro de três anos, o coto já estava medindo um metro de circunferência e pesando quase 20 quilos.

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De acordo com o Mail Online, a mulher é a única do mundo a sofrer com essa condição, sendo uma em 7 bilhões de pessoas. Considerada genética, ela promove o crescimento excessivo da pele, osso, gordura e tecido. De acordo com pesquisadores da Universidade de Cambridge, que realizaram uma série de testes no DNA de Sellars, uma única mutação no gene PIK3CA, causou a condição, que anteriormente ela confundida com a Síndrome de Proteus.

Assim, foi lhe dada uma medicação pioneira para reduzir o tecido adiposo das pernas e pés, e desde então, elas reduziram em até 38 quilos. “Eu me sentia impotente, meu corpo estava tomando o controle da minha vida e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso”, disse. Após os cientistas demonstrarem interesse em mapear seu DNA, sua vida mudou. “Nunca pensei que alguém seria capaz de descobrir minha condição. Senti como se estivesse esperando por esse diagnostico a minha vida toda”.

Hoje, apesar de ainda precisar de roupas e sapatos feitos sob medida e um carro adaptado para o seu corpo, ela afirma que sua vida ficou muito mais fácil. Contudo, os médicos não lhe deram certeza de que suas pernas continuarão a diminuir perdendo gordura como estava há alguns anos, ou se o coto da amputação continuará a crescer continuamente.

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Em seu site oficial, para divulgar informações sobre sua vida, ela comentou que se sente feliz por não ser mais confundida como portadora da Síndrome de Proteus, como foi rotulada ao longo de toda sua vida. A mutação no gene PIK3CA a faz ser a única de todo o planeta com o problema, e ela chama carinhosamente a mutação como “Síndrome de Sellars”, usando seu sobrenome. 

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]

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