Se você acha que as noites de inverno são longas, prepare-se. Existe um mundo onde, uma vez a cada 69 anos, o Sol desaparece quase totalmente por três anos e meio.
Astrônomos descobriram um sistema estelar binário (duas estrelas que orbitam entre si), que possui um novo recorde para o mais longo eclipse estelar já conhecido. Ele bate o recorde do sistema anterior – Epsilon Aurigae, uma estrela gigante que sofre o eclipse por sua estrela companheira a cada 27 anos, por períodos que variam de 640 a 730 dias.
A descoberta foi feita a partir de chapas fotográficas tiradas em Harvard, na década de 80, como parte do Digital Access to a Sky Century at Harvard (DASCH), por uma equipe de astrônomos das Universidades de Vanderbilt e de Harvard.
O sistema fica a 10 mil anos-luz da Terra e, enquanto ainda não tem nome, é conhecido pelo seu número de catálogo: TYC 2505-672-1. “É o mais longo eclipse estelar e a mais longa órbita para eclipse em um sistema estelar binário já encontrado”, disse Joey Rodriguez, renomado pesquisador e autor principal do artigo.
A universidade tinha recentemente começado a colocar as placas de 1980 à 1989 em forma digital, quando o sistema binário chamou a atenção de Sumin Tang, uma estudante de pós-doutorado que, logo em seguida, apresentou seus próprios resultados do sistema em uma conferência, o que levou à parceria entre Rodriguez e Tang em prol do estudo do caso.
Eles encontraram 9 mil fotografias do sistema tiradas pelo telescópio Kilodegree Extremely Little Telescope (Kelt). Eles descobriram que o sistema é feito de um par de gigantes vermelhas (estrelas gigantes).
O sistema fica tão longe que eles foram capazes de extrair apenas uma quantidade limitada de dados, mas puderam estimar que a superfície da estrela companheira é cerca de 2.000 vezes mais quente que a superfície do nosso Sol.
A distância entre os dois é quase tão grande quanto a entre o nosso Sol e o Planeta Urano.
Fonte: Daily Mail Foto: Reprodução / Daily Mail