Homem desenvolveu enormes queloides em seu rosto após ter catapora

de Bruno Rizzato 0

Um homem que foi cruelmente chamado de “Cabeça de Cogumelo” d]por conta de enormes crescimentos em seu rosto, espera poder removê-los com um tratamento antes do dia mais importante de sua vida: seu casamento. Keenan Patton, de 32 anos, sofre com queloides – cicatrizes que não param de crescer e, no caso dele, desenvolvem uma aparência irregular – desde quando era um adolescente. Os crescimentos começaram após um surto de catapora que ele teve aos 11 anos e ficou pior conforme envelheceu.

O homem de Chicago, EUA, já passou por uma cirurgia de 28 horas para remover o tecido, mas ela se mostrou ineficaz e os queloides voltaram a crescer, ainda maiores. Agora, ele espera que um tratamento de radiação específico possa livrá-lo para sempre de seu problema. “Dois ou três anos depois que eu tive a catapora, os queloides cresceram sobre as cicatrizes, eram grandes e desanimadoras. Eu fui chamado por nomes terríveis, e as pessoas me olhavam. Eu fiz a cirurgia para removê-los, mas eles voltaram em três anos. Então eu continuei fazendo a cirurgia a cada poucos anos, mas cada vez que os queloides voltavam, eram três vezes maiores. Os médicos disseram que como eu tenho diabetes tipo 2, meu açúcar no sangue pode estar dificultando a cura”, relatou ele.

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Segundo Keenan, a pior parte é o julgamento das pessoas. “Isso afetou minha confiança ao longo dos anos. Quando eu saio de casa, as pessoas sempre olham para mim. Mas felizmente eu sou uma pessoa do povo, então acho que que as pessoas me aceitam rapidamente”, disse ele, contando que já foi chamado, no passado, de “Cabeça de Cogumelo”.

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Ele está na metade de seu tratamento de radiação para remover sua condição de uma vez e espera que a próxima etapa seja a permanente. Ele teve o tratamento a tempo para seu casamento com Monique Jackson, que conheceu pela internet. Patton contou que o tratamento de radiação custou muito caro, mas um programa de televisão local arrecadou fundos. Pessoas desconhecidas também fizeram doações via crowdfunding. Ele vai utilizá-las em seu casamento, no próximo verão, e completar seu tratamento em Nova York. 

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O tratamento mais recente é agressivo e envolve uma elevada dose de radiação terapêutica dirigida cinco a seis milímetros para dentro da pele. Ele descreveu ter ficado acordado na primeira etapa, que durou quatro horas, e disse estar satisfeito com os resultados. A rodada final do tratamento acontecerá no próximo mês.

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Sua noiva diz que a condição pouco importa para ela, pois ela foi atraída por sua natureza amigável e seu carisma. “Agora me sinto muito próxima dele e quero um futuro ao seu lado. Eu não me vejo com mais ninguém. Seus queloides não me incomodaram em nada quando nos conhecemos. Acho que as pessoas devem fazer perguntas para entender uma situação antes de julgarem os outros”, relatou ela.

O que são queloides?

São marcas de crescimento irregulares e maiores do que a ferida que elas deveriam estar curando. Pode acontecer a qualquer um, mas é mais comum em pessoas com pele escura – de origem africana, latina e indiana por exemplo.

O tecido do corpo naturalmente cura a si mesmo quando danificado. Esse processo de cicatrização pode deixar marcas na pele. O colágeno acumula-se ao redor da área afetada para ajudar a fechar uma ferida. A cicatriz resultante geralmente desaparece ao longo do tempo, tornando-se mais suave e menos perceptível.

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No entanto, algumas cicatrizes não param de crescer e tomam conta da pele saudável circundante, ficando ainda maiores e mais perceptíveis do que a ferida original. Elas podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas normalmente se formam nos ombros, cabeça e pescoço, podendo durar anos. Por vezes, formam-se apenas meses ou anos após a lesão inicial. Os especialistas ainda não entendem completamente a real causa do aparecimento de queloides, mas sabem que essas cicatrizes não são contagiosas e que não há risco de se transformarem em câncer.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]

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