De acordo com um estudo publicado pela revista Science, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, considerado uma ameaça para a maior parte da cadeia alimentar marinha, está mostrando os primeiros sinais de cura.
Os cientistas sugerem que esta é uma das piores ameaças ambientais que a humanidade já enfrentou, e reivindicaram cooperação internacional para minimizar o problema.
Muitos dos gases utilizados para impulsionar o crescimento e bem-estar da humanidade, bem como latas de aerossol, refrigeradores e até mesmo equipamentos eletrônicos, ao atingirem a estratosfera, catalisam a destruição das moléculas de ozônio que estão em grandes altitudes, abrindo um buraco na camada que é responsável por proteger toda a vida aqui na Terra da exposição aos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. A preocupação, então, é que isso poderia expor o planeta a doses letais de radiação solar.
No entanto, nos anos 1970, quando se descobriu que as condições atmosféricas sobre a Antártida estavam sofrendo com esse efeito que aumentava ainda mais a cada primavera, o mundo foi movido a solucionar o problema, reduzindo essas mudanças. Assim, passados 29 anos após a assinatura do Protocolo de Montreal, que visou resolver a questão, os cientistas ainda não sabem dizer se as coisas estão melhorando. De acordo com a equipe liderada pela professora Susan Solomon, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, há sinais de que o buraco começou a reduzir, “se você souber onde olhar”.
A chamada cura, no entanto, não pode ser considerada completa até que o buraco deixe de existir. Segundo ela, só em outubro, durante a primavera do hemisfério sul, melhores resultados poderão ser observados.
O ponto principal do estudo de Solomon, estava em perceber que a variação anual é menor no começo da estação, sendo mais fácil de detectar os ruídos. Ela examinou os balões e satélites de observação de ozônio em setembro do ano passado, em altas latitudes do sul. Com 90% de confiança, disse que a recuperação está acontecendo. O tamanho do buraco diminuiu em estimados 4,5 milhões de quilômetros quadrados, desde 2000. Logo, eventualmente esse progresso que continuará a fluir, poderá nos fazer suspirar aliviados.
[ IFLS ] [ Foto: Reprodução / NASA ]