Criança de 2 anos é curada de paralisia cerebral após tratamento com células-tronco

de Merelyn Cerqueira 0

Recentemente, especialistas do Hospital Universitário de Bochum, Alemanha, relataram ter curado com sucesso uma criança de dois anos de idade, identificada apenas como L.B, que sofria de paralisia cerebral. O caso, segundo os médicos, é o primeiro do mundo.

De acordo com informações divulgadas em nota pelo hospital, o menino havia sofrido uma parada cardíaca ainda em 2008. Em consequência disso, ele acabou desenvolvendo danos cerebrais graves que o deixaram em estado vegetativo em com mínimas chances de sobrevivência.

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A princípio, os médicos acreditavam que não haviam opções para o garoto, já que não existia nenhum tratamento conhecido para sua condição. Assim, eles começaram a pesquisar terapias alternativas.

Então, com a ajuda dos pais, que pesquisaram na literatura médica novos tratamentos, eles se abriram para a possibilidade da utilização do sangue do cordão umbilical da criança, que tivera sido congelado após o nascimento.

Logo, nove semanas após o acidente cerebral, em janeiro de 2009, os médicos iniciaram o tratamento com células-tronco, retiradas do cordão umbilical congelado, e injetadas via intravenosa. Todo o tratamento e progresso foram registrados pelos médicos. Apenas dois meses do início do tratamento, o menino já era capaz de falar frases simples e se mover. Eventualmente, cerca de 40 meses depois, ele já conseguia comer sozinho, andar e a formar frases curtas.

Nossos resultados, juntamente com os de um estudo coreano, dissipam as dúvidas de longa data sobre a eficácia do novo tratamento”, disse o médico do caso, Dr. Arne Jensen, da área ginecológica do hospital.

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Atualmente, o tratamento ainda está em andamento na clínica. A expectativa, segundo os relatores do caso reportado pela revista Transplantation, é que novos progressos sejam observados no garoto.

Os estudos com células-tronco (ou estaminais) já são velhos conhecidos da ciência. Esse tipo de célula é capaz de regenerar, no caso de L.B, o tecido cerebral danificado. Em estudos anteriores realizados com animais, pesquisadores revelaram que as células estaminais, dentro de apenas 24 horas após a administração, foram capazes de migrar para a área danificada do cérebro em grandes quantidades.

[ Diário de Biologia ] [ Foto: Divulgação /  Hospital Universitário de Bochum e Diário de Biologia ]

Jornal Ciência