Conheça 6 métodos terríveis de tortura utilizados nos primeiros cristãos

de Merelyn Cerqueira 0

Os primeiros cristãos tiveram de enfrentar muitas perseguições e até mesmo a morte por causa de suas crenças. A exemplo disso, temos os relatos bíblicos que contam a perseguição de Jesus e 11 de seus discípulos (sem contar Judas) que foram perseguidos e crucificados. No entanto, a prática que começou na antiguidade, passou pela Idade Média e foi manchando de sangue o percurso do cristianismo em sua cronologia histórica.

Sendo assim, separamos 6 dos mais terríveis e bizarros métodos de tortura aplicados aos cristãos ao longo do tempo. As informações foram retiradas do Listverse com base em uma reunião de conteúdos retirados do “Livro dos Mártires”, de John Fox. Confira:

1 – Assado até a morte

Lourenço de Huesca, ou São Lourenço, é mais conhecido pela sua morte do que pelo seu ministério em vida. Quando um prefeito romano exigiu que os dízimos da Igreja Católica fossem entregues ao Estado, Lourenço, que era o diácono (guardião dos tesouros da igreja) foi obrigado a entregar o dinheiro da igreja em um prazo de três dias, o que não aconteceu. Sendo assim, o Imperador enfurecido, ordenou que fosse construído um leito de brasas onde colocou e amarrou o homem nu e deitado de costas.

A carne de Lourenço chiava e queimava, até que ficou completamente torrada. Durante esse processo o homem não clamou por perdão e quando um dos lados ficou completamente queimado, ele disse em voz alta “Eu estou pronto desse lado, pode me virar e comer”. Hoje ele é considerado como o santo padroeiro dos cozinheiros.

2 – Arrastado até a morte

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Marcos, autor do Evangelho de Marcos, fundou a Igreja Cristã em Alexandria e pregava para as massas que elas deveriam desistir dos deuses e deusas egípcias. Ainda não está muito claro por quanto tempo ele foi capaz de continuar com isso, mas durante esse período ele conseguiu converter muitas pessoas antes de ser preso por uma corda em volta do pescoço e ser arrastado por uma carruagem durante dois dias seguidos. Mesmo depois de morto o seu corpo continuou sendo puxado, até que sobrassem apenas ossos.

Em outro caso, de acordo com algumas fontes, Hipólito de Roma, um teólogo, também sofreu da mesma causa morte. Ele foi arrastado por um cavalo selvagem na Ilha de Sardenha, conhecida como “Ilha da morte”, e hoje é considerado o santo padroeiro dos cavalos.

3 – Remoção de pele

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A remoção de pele era tão insuportável que as vítimas desmaiavam diversas vezes durante o processo. Para evitar que isso acontecesse, os torturados as penduravam de cabeça para baixo, isso fazia como que um fluxo de sangue corresse para o cérebro, mantendo as vítimas conscientes. A pele, no entanto, não é muito fácil de ser removida e os torturadores não faziam muito esforço para arrancá-la de uma vez – a menos que eles quisessem um troféu.

A forma mais comum de se fazer era cortando-a em pequenas tiras, em seguida, puxando com o auxílio de uma faca. Muitas vezes, essa pele era queimada, dada de alimento aos animais ou colocada em frente a vítima para que ela acompanhasse todo o processo. Isso aconteceu com Bartolomeu, um dos 12 apóstolos, que foi morto por armênios, antes de ser crucificado e esfolado.

4 – Ter a pele comida por cães

Esse tipo de tortura foi assinado por Nero – polêmico imperador do Império Romano – mas não servia apenas para causar dor, era também uma ótima forma de entretenimento. Para isso, as vítimas eram costuradas em peles de animais selvagens (exceto cabeça, mãos e pés) e jogadas a cães famintos, que as destroçavam. Uma vítima mais conhecida foi Juliano de Antioquia, que foi torturado durante um ano inteiro e exposto pela cidade de Cíclica, hoje Turquia. Antes de morrer, ele foi costurado em uma pele – com interior preenchido por víboras e escorpiões – e lançado ao mar Egeu.

Alguns rumores históricos afirmam que o imperador também costumava crucificar cristãos em seu jardim, depois revestia os corpos com cera e os acendia durante a noite para iluminar os seus passeios noturnos.

5 – Moído

Sob o governo de Maximiano, São Vítor, o Mouro pode ter sofrido a mais dolorosa morte de todas. Ele secretamente foi ministro de seus paroquianos até cerca de 303, quando foi descoberto e imediatamente arrastado pelas ruas por um cavalo, enquanto a multidão o despia e exigia que ele se retratasse. Quando ele negou, foi literalmente esticado por um dia, durante o qual ele orava e pedia a Deus por paciência. Após isso, ele foi preso e conseguiu converter três guardas na cadeia.

Assim que Maximiano descobriu, ordenou que os guardas fossem decapitados e Vítor, mais uma vez, torturado (barbaramente espancado). Quando lhe foi oferecida uma terceira chance de retratação, ele a negou novamente. Assim, Maximiano ordenou que seus pés fossem cortados, e o resto do homem foi arremessado em um moinho de pedra usado para moer trigo e farinha – que moeu São Vítor até a morte.

6 – Ter as entranhas comidas por porcos

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Em 363, sob o reinado de Juliano, o Apóstata, São Marcos, um bispo de Arethusa – hoje conhecida como Síria – recebeu ordens para reparar um templo pagão que estava em ruínas, no entanto, ao invés disso, ele destruiu completamente o lugar e fugiu da cidade. Logo quando percebeu que os seus seguidores cristãos é quem iam acabar pagando pelo seu crime, ele retornou e confessou o ato.

As pessoas enfurecidas arrastaram ele pelas ruas, despiram-no e furaram todo o seu corpo com lápis e penas. Depois, passaram mel em seu corpo e colocaram-no em uma cesta, numa das praças da cidade, para que as vespas e abelhas o devorassem. Contudo, muitos dos seus seguidores foram descobertos e também arrastados pela multidão, que resolveu rasgar a barriga dos indivíduos com as próprias mãos. As estranhas foram misturadas com milho e jogadas aos porcos.

[ List Verse ] [ Foto: Reprodução / List Verse ] 

Jornal Ciência