Cientistas querem encher o céu com pó de diamante para esfriar o planeta e combater o aquecimento global

de Bruno Rizzato 0

O aquecimento global está causando um impacto significativo no planeta e pesquisadores estão constantemente tentando encontrar meios de limitar esse aumento gradual da temperatura da Terra. Uma alternativa para reduzir as atividades que aquecem o planeta é encontrar maneiras de resfriá-lo.

A Geoengenharia poderia ajudar. Pensando nisso, uma equipe da Universidade de Harvard, nos EUA, pretende mandar toneladas de partículas de óxido de alumínio e diamante para a atmosfera, com o intuito de resfriar a Terra. A pesquisa foi publicada na Atmospheric Chemistry and Physics.

A proposta baseia-se em uma ideia anterior de bombeamento de aerossóis de sulfato na atmosfera, que, teoricamente, imitaria os efeitos de erupções vulcânicas, arrefecendo rapidamente as regiões circundantes do planeta. O objetivo seria obter o mesmo resultado de forma artificial.

diamante

O diamante em pó poderia ser muito mais seguro e gentil com a camada de ozônio do que os aerossóis de sulfato, sugere o novo estudo. Afinal, embora erupções vulcânicas possam ajudar a arrefecer o planeta, elas não são sutis com o Meio Ambiente. O novo método também tem menos chances de aquecer a estratosfera inferior, que tem o potencial de provocar alguns efeitos colaterais indesejados.

No momento, os cientistas por trás do projeto não têm certeza de sua teoria, mas esperam realizar mais pesquisas no futuro para ter uma ideia melhor dos benefícios pensados. Embora se saiba muito sobre erupções vulcânicas, quase nada é conhecido sobre o que partículas de óxido de alumínio e diamante poderiam fazer na atmosfera.

Sulfato de alumínio e pó de diamante poderiam causar, significativamente, menos impacto sobre a camada de ozônio, menor aquecimento da estratosfera e menor aumento na luz difusa na superfície da Terra.”, disse Debra Weisenstein, uma das autoras do estudo.

Pó de diamante é caro, o que traz outro problema potencial, mas a equipe de Harvard pensa que o preço poderia cair o suficiente para tornar a ideia viável. A possibilidade aumentaria, caso o processo para fazer diamantes sintéticos fique mais rápido e mais fácil do que é agora. A equipe diz que no momento em que a população mundial atingir 10 bilhões de habitantes, no ano 2065 (ou próximo disso), custaria cerca de 5 dólares americanos (quase 19 reais) por pessoa para enviar 450 mil toneladas de nanopartículas ao espaço.

[ Foto: Reprodução / Publicdomainpictures / NASA ]

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