Cientistas militares criam teias de aranha com Ebola e Peste Negra para estudar os vírus no ambiente

de Bruno Rizzato 0

Cientistas militares estão realizando pesquisas utilizando teias de aranha modificadas.

Os pesquisadores, que trabalham para o Ministério da Defesa do Reino Unido, pulverizaram teias de aranha com doenças, incluindo Ebola e Peste Negra, para testar o tempo de vida das bactérias e os vírus que causam as doenças, enquanto estão naturalmente no ambiente.

A pesquisa pode ser essencial para ajudar os funcionários que trabalham em uma área atingida por uma arma biológica a saber por quanto tempo o perigo permanecerá. As teias são recolhidas de aranhas em quadros especialmente concebidos antes de serem colocadas num recipiente fechado, onde a teia é pulverizada com uma das doenças.

Como a teia não absorve ou reage com vírus ou bactérias, ela permite que os cientistas possam alterar a temperatura, umidade e níveis de luz para ver como eles afetam os organismos.

O Dr. Steve Lever, que está conduzindo o trabalho no Laboratório de Ciência e Tecnologia da Defesa, disse que a pesquisa é destinada a ajudar na preparação para a ameaça de um ataque biológico. “Aumentar a nossa compreensão básica das características de sobrevivência de agentes de ameaça, pode ajudar a determinar a melhor resposta a qualquer liberação biológica, seja ela acidental ou intencional”, relatou.

O vírus Ebola é transmitido entre as vítimas através de fluidos corporais como sangue e vômito. Um recente surto da doença causou mais de 11 mil mortes na África Ocidental. As vítimas, muitas vezes, sangram até a morte, pois as células que revestem os vasos sanguíneos quebram.

No entanto, pouco se sabe sobre quanto tempo o vírus pode sobreviver no ambiente depois de ser deixado para trás pelas vítimas. Há alguns dados que sugerem que ele possa sobreviver durante várias semanas no sangue e várias horas em superfícies contaminadas.

As bactérias que causaram a peste negra – Yersinia pestis – também poderiam ser capazes de persistir no solo durante vários meses. Alguns testes mostraram que elas poderiam ficar armazenadas no solo por mais de um ano.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]

Jornal Ciência