Cientistas desenvolvem sensor que determina validade de um pedaço de carne

de Bruno Rizzato 0

Há uma pergunta que quase todas as pessoas já fizeram: quando você encontra um pacote de carne esquecido na parte de trás da geladeira, é melhor jogá-lo fora e desperdiçar o dinheiro gasto no alimento, ou comê-lo e correr o risco de ter um desconforto intestinal?

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma universidade privada localizada em Cambridge, Massachusetts, EUA, acreditam ter a resposta. Eles publicaram sua pesquisa originalmente na revista “Spoiler Alert”.

O professor de química Timothy Swager e seus colegas criaram uma corrente elétrica de um minuto através de pequenos cilindros de átomos de carbono, chamados nanotubos, para detectar os compostos que a carne em decomposição exala, ou seja, putrescina e cadaverina. Caso a atividade microbiana aumente, assim como os níveis dos compostos, ela muda os sinais elétricos, indicando se a carne está “passada”.

A empresa C2Sense pretende licenciar a tecnologia e está trabalhando na criação de protótipos portáteis que possam encapsular os nanotubos e uma pequena bateria em um material semipermeável que seja seguro para contato com alimentos.

A C2Sense começou seus testes de campo no final do ano passado, e o professor Swager acredita que os sensores poderão estar à venda em breve. Os sensores teriam o tamanho de um cartão de crédito, seriam como um papel fino nas embalagens de carne, podendo exibir um aviso, como “Comer em X dias”, ou ter uma cor, sendo que verde representaria um nível seguro, o amarelo que deve ser consumido em breve, e o vermelho, que a carne está estragada. 

[ Discover Magazine ] [ Foto: Reprodução / Wikipédia ]

Jornal Ciência