Bebê sofre lesões graves na pele após reação alérgica ao ibuprofeno

Um bebê conseguiu sobreviver milagrosamente a uma reação alérgica praticamente mortal ao ibuprofeno. O medicamento causou erupções graves em sua pele, que chegou até mesmo a ficar preta. Finley Kirwan – agora com 1 ano e 3 meses – foi levado às pressas para o hospital, no mês passado, com dificuldades para engolir, falta de ar e uma temperatura perigosamente alta.

Seus pais, Danielle Hart e Dan Kirwan, do Reino Unido, ficaram aterrorizados ao notar que o bebê desenvolveu uma grande erupção vermelha na pele, que acabou se espalhando e escurecendo. Os médicos, então, o diagnosticaram com Síndrome de Stevens-Johnson (SJS) – uma condição rara da pele, mas potencialmente fatal, que normalmente acontece em reação à alguma medicação ou infecção.

A condição faz com que as células da pele morram, e seu tratamento deve ser realizado o mais rápido possível, começando com a interrupção do uso de qualquer medicamento que possa ter causado o problema.

Ao ser internado, o paciente acometido pela doença recebe injeção de soro diretamente na veia para que os líquidos perdidos pelas lesões possam ser repostos. Também é preciso tratar as feridas para reduzir o risco de infecções. Compressas de água fria e cremes neutros podem ser utilizados para hidratar a pele e diminuir o desconforto. Normalmente, os remédios receitados são anti-histamínicos, corticoides ou antibióticos.

No caso do bebê, os médicos acreditam que a reação foi causada pelo ibuprofeno, o medicamento havia sido dado à criança sob a forma líquida, para aliviar um desconforto estomacal que o incomodava dias antes. “Fiquei horrorizada quando a pele de Finley começou a empolar, seus lábios estavam pretos e uma erupção vermelha cobria todo seu corpo”, relatou a mãe.

Já no hospital, os órgãos de Finley começaram a falhar e seus pais foram informados de que ele raramente poderia se recuperar. A reação alérgica foi tão grave que, segundo os médicos, fazia a pele do garoto “queimar de dentro para fora”. Os testes mostraram que a sua função hepática era baixa e ele estava sofrendo de um problema estomacal grave, que já o havia deixado em terapia intensiva anteriormente. Finley teve os curativos de suas queimaduras trocados periodicamente e sua dor foi controlada com morfina e sedativos leves. Ele também recebeu cremes, colírios e antissépticos bucais.

Um porta-voz da Associação da Síndrome de Stevens-Johnson do Reino Unido, uma instituição de caridade que apoia afetados pela doença, disse: “Síndrome de Stevens-Johnson é uma forma potencialmente fatal de reação adversa aos medicamentos que afeta a pele e as mucosas do corpo, deixando a maioria de seus sobreviventes com vários efeitos debilitantes para o resto de suas vidas. Para a maioria dos sobreviventes, sua real batalha contra SJS começa dias, meses ou anos após a alta do hospital”.

Finley, apesar de sua rara e intensa condição, respondeu bem aos tratamentos oferecidos e foi liberado pelos médicos três semanas mais tarde.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]