Ativistas gays se disfarçam para expor terapias de eletrochoque oferecidas com promessa de “cura”

de Redação Jornal Ciência 0

Um grupo de ativistas dos direitos dos homossexuais está tentando revelar terapias cruéis oferecidas por hospitais, na China, que têm como objetivo “curar gays”. As práticas envolvem perigosos eletrochoques.

Um ativista chamado John, disfarçou-se algumas vezes para revelar as práticas realizadas em clínicas e as imagens feitas foram reproduzidas no documentário Unreported World.

É possível ver uma psiquiatra dando alguns conselhos sobre a necessidade de mudança de sua “condição”. “Quando surgem esses impulsos, você pode tomar um banho frio e ir correr para liberar os hormônios extras de seu corpo“, diz a psiquiatra antes de recomendar-lhe alguns medicamentos e uma pequena haste elétrica de choque como métodos úteis. “Seu reflexo condicionado atual é você ver o mesmo sexo que você e sentir o amor. Agora eu quero fazer você sentir medo disso“, ela explica.

Enquanto isso, outro ativista se disfarça durante a visita em outra clínica, onde é prescrito o tratamento de eletrochoque. Estes tratamentos de “conversão” de gays já foram condenados em um caso histórico, em Pequim, no ano passado.

Conhecido como “conversão gay”, este processo foi realizado contra um centro de aconselhamento de Chongqing, após denúncia de um ex-cliente que disse ter sido submetido à terapia de eletrochoque, deixando-o traumatizado.

O site de busca chinês Baidu, que aceitou anúncios online que promoviam a “cura para a homossexualidade”, pelo centro de aconselhamento e outras clínicas semelhantes, também foi nomeado como um réu, no caso. O ativista Yangzi Peng, posteriormente, abriu o jogo sobre sua ação controversa contra a Baidu e a clínica, em um documentário realizado pela TV Al Jazeera, do Catar.

[ Shanghaiist ] [ Foto: Reprodução / Unreported World ]

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