Astrônomos descobrem o maior conjunto de galáxias do Universo a 8,5 bilhões de anos-luz de distância

de Bruno Rizzato 0

Os astrônomos descobriram um encontro gigante de galáxias em uma parte muito remota do Universo, graças ao Telescópio Espacial Spitzer, da NASA e o Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE).

O aglomerado de galáxias, localizado a 8,5 bilhões de anos-luz de distância, é a estrutura mais massiva já encontrada em grandes distâncias. Acredita-se que possa ser uma das cinco mais maciças naquele momento.

Aglomerados de galáxias são grupos compostos por milhares delas, sendo que cada uma contém trilhões de estrelas ligadas gravitacionalmente. Elas crescem cada vez mais ao longo do tempo conforme adquirem novos membros.

Com base em nossa compreensão de como aglomerados de galáxias crescem desde o início do nosso Universo, esse conjunto deve ser um dos cinco mais maciços na existência naquele tempo”, disse o coautor da pesquisa, Peter Eisenhardt, cientista do projeto WISE, do Jet Propulsion Laboratory, da NASA, em Pasadena, EUA.

No próximo ano, a equipe planeja vasculhar mais de 1.700 candidatos a aglomerados de galáxias adicionais com ajuda do Spitzer, procurando o maior do grupo. “Uma vez que encontramos os aglomerados de maior massa, podemos começar a investigar como as galáxias evoluíram nesses ambientes extremos”, disse Anthony Gonzalez, da Universidade da Flórida, principal autor de um novo estudo publicado na Astrophysical Journal Letters.

Como a luz leva muito tempo para chegar até nós, vemos objetos muito distantes como eles eram no passado. Por exemplo, o aglomerado de galáxias descoberto, chamado de “Massive Overdense Object (MOO) J1142+1527”, existiu da maneira observada há 8,5 bilhões de anos, muito antes da formação da Terra.

Quando a luz de galáxias remotas percorre o caminho até a Terra, torna-se esticada aos comprimentos de onda infravermelhos mais longos, pela expansão do espaço. É aí que WISE e Spitzer ajudam em sua detecção. Para telescópios espaciais infravermelhos, escolher galáxias distantes é como arrancar cerejas maduras de uma cerejeira.

Nas imagens infravermelhas produzidas pelo Spitzer, essas galáxias distantes se destacam como pontos vermelhos, enquanto as galáxias mais próximas parecem brancas. A partir da observação entre diversos candidatos, MOO J1142+1527 se sobressaltou como um dos mais extremos.

Os observatórios espaciais W.M. Keck e Gemini, em Mauna Kea, no Havaí, foram usados ​​para medir a distância até o aglomerado. Com a ajuda de observatórios no Havaí, os cientistas foram capazes de determinar que a massa do conjunto é um quatrilhão de vezes maior que a do nosso Sol, tornando-se o mais maciço conjunto conhecido em distância no espaço e no tempo.

[ FonteDaily Mail ]

[ Foto: Reprodução / NASA ]

Jornal Ciência