Um astrônomo concluiu que civilizações avançadas são “muito raras” ou totalmente ausentes nas galáxias vizinhas da Via Láctea, mas não descarta a possibilidade de existência em galáxias mais distantes.
Ele usou novos telescópios sensíveis para procurar assinaturas de calor residual emitidas de planetas que possam indicar a presença de avançadas civilizações alienígenas. Porém, após uma varredura por galáxias próximas com emissões de infravermelho anormalmente elevados, o cientista disse que isso poderia ser simplesmente um fenômeno natural, pois não encontrou absolutamente nada.
“Alguns desses sistemas definitivamente exigem uma investigação mais aprofundada, mas os já estudados em detalhe possuem uma explicação astrofísica natural. É muito provável que os sistemas restantes também se enquadrem nesta categoria, mas é claro que vale a pena verificar”, disse o professor Michael Garrett, diretor científico da Astron, o Instituto Holandês para Radioastronomia e pesquisador da Universidade de Leida.
Garrett estava à procura de sinais na parte do infravermelho médio do espectro, pensado como um sinal de civilizações avançadas, capazes de aproveitar as energias em escalas galácticas. Essas civilizações, teoricamente chamadas Kardashev Tipo III, poderiam aproveitar as enormes energias contidas dentro de buracos negros e explosões de raios gama, sendo capazes de viagens espaciais de longa distância.
Uma equipe de astrônomos, liderada pelo Dr. Jason Wright, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, determinou uma lista com centenas de galáxias candidatas de hospedar essas civilizações.
A NASA também foi à procura de sinais de planetas distantes que podem ter as condições para suportar a vida com o seu telescópio espacial Kepler. No entanto, Garrett, cujos resultados foram apresentados na revista europeia Astronomy & Astrophysics, encontrou pouca evidência para sugerir que haviam galáxias habitadas por essas formas de vida avançadas. Em vez disso, ele disse que o tipo de emissões de infravermelho provenientes destas galáxias pode ser causado por processos astrofísicos naturais, principalmente pela poeira gerada e aquecida por regiões de formação de estrelas maciças.
“A pesquisa original na Penn State já nos disse que esses sistemas são muito raros, mas a nova análise sugere que este é provavelmente um eufemismo, e que civilizações avançadas de Kardashev Tipo III, basicamente, não existem no universo local”, revelou Garrett.
No entanto, ele espera usar técnicas semelhantes para ajudar a procurar tipos menos avançados de civilizações alienígenas, chamadas de Kardashev Tipo II. Tais civilizações ainda são consideravelmente mais avançadas do que a nossa própria, na Terra, que ainda não atingiu o nível de Kardashev Tipo I.
O que é a escala Kardashev?
A escala foi criada em 1964 pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev, para padronizar em categorias os avanços tecnológicos de uma civilização. Seu principal pilar é a capacidade que essas “possíveis” civilizações têm em utilizar e explorar energia.
A escala, hipotética, é dividida em três níveis:
Tipo I: Usa todos os recursos disponíveis em seu planeta natal e domina o uso de fusão nuclear
Tipo II: Utiliza toda a energia de sua estrela.
Tipo III: Utiliza energia em toda a galáxia que habita.
O planeta Terra, atualmente, não chegou nem no Tipo I e é classificado no Tipo 0, onde a civilização usa energia baseada na queima de combustíveis fósseis, energia nuclear e outros meios alternativos, destruindo o Meio Ambiente. Os cientistas querem criar outros níveis nesta escala para encaixar melhor outros possíveis grupos. Se for criado, o Tipo IV seria aquela civilização capaz de aproveitar a energia de todo o Universo.
[ Daily Mail / UFO ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail / NASA ]