Você sabia que algumas pessoas têm buracos minúsculos nas orelhas desde o nascimento? Veja se você é uma delas!

de Gustavo Teixera 0

Um estudo realizado pelos pesquisadores do Departamento de Otorrinolaringologia da Universidade de Medicina de Seul, na Coreia do Sul, e publicado pelo National Center for Biotechnology Information revelou que apenas 0,1% da população dos Estados Unidos apresenta um minúsculo buraco que se localiza na margem anterior do ramo ascendente da parte exterior da orelha.

 

Já no Reino Unido, o número de pessoas com esse minúsculo buraco é de 0,9%, na Ásia 4% da população o possui, e na África o número chega a 10%. Esses pequenos buracos na orelha se chamam Coloboma auris, ou seio pré-auricular, e foram descritos pela primeira vez em 1864 por Heusingerl e Virchow. Eles são causados por um defeito na formação do embrião.

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O nome desse pequeno buraco foi dado devido ao aparelho braquial ser transitório, pois ele vai dos mamíferos ao desenvolvimento máximo nos peixes. O aparelho branquial é formado por seis fendas que tomam o pavilhão auricular, e quando não ocorre fusão entre a primeira e a sexta fenda, as células migram para dentro, formando o pequeno buraco na pele.

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Geralmente, o orifício não causa nenhum tipo de problema, e normalmente é descrito como apenas um buraco na pele da orelha. Por outro lado, eles podem aumentar de tamanho, provocar dor e ficar com a coloração vermelha. Em alguns casos mais raros, pessoas com esse pequeno buraco apresentam febre e um tipo de corrimento esbranquiçado sai dele.

 

Como o problema é externo e de origem embrionária, o paciente é diagnosticado pela observação direta da orelha, pois não existe um tipo de exame específico.

 

Quando ocorre algum tipo de inflamação, o tratamento é feito com anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos. Para um tratamento definitivo, deve-se realizar uma cirurgia utilizando bons equipamentos como microscópios e microinstrumentos, devido ao fato desse buraco ser muito ramificado, se não for removido completamente, o problema pode voltar a acontecer.

[ Diário de Biologia / MedScape / Business Insider ] [ Fotos: Reprodução / Diário de Biologia ]

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