Veja como diferenciar um cogumelo comestível de um alucinógeno ou venenoso

de Gustavo Teixera 0

Existem cerca de 1,5 milhão de espécies de cogumelos e cerca de 95% delas não foram devidamente estudadas ainda. Portanto, saber se é possível comer ou não um cogumelo é difícil até mesmo para um especialista em fungos.

 

Comer um cogumelo encontrado ao acaso não é uma boa ideia, pois cogumelos do mesmo gênero podem ter propriedades completamente diferentes. Por exemplo no gênero Amanita, existe a espécie Amanita muscaria, que é alucinógena e durante muito tempo foi usada como droga na Europa.

 

Já a espécie Amanita phalloides, que também é conhecida como chapéu-da-morte, é extremamente venenosa, podendo matar um ser humano com o consumo de apenas 50 gramas. A espécie Amanita caesarea é perfeitamente segura e utilizada no Europa em saladas, mas não existe no Brasil.

 

Somente fazendo exames laboratoriais é possível saber se uma espécie é comestível, venenosa ou alucinógena.  Somente uma análise feita por um bioquímico pode identificar a presença de toxinas – como alfa-amanitina – que são encontradas em cogumelos Amanita phalloides ou a psilocibina, do Psilocibe cubensis, que causa alucinação.Confira alguns exemplos de cogumelos do mesmo gênero que são completamente diferentes.

 

Amanita muscaria – Alucinógeno

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Este é um dos alucinógenos mais antigos da humanidade e é popularmente chamado de mata-moscas. Ingerir apenas 1 grama pode dar alucinações.

 

Amanita caesarea – Comestível

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Também conhecido como amanita-dos-césares, o cogumelo é consumido cru ou sem saladas na Europa sem risco de intoxicação.

 

Amanita phalloides – Venenoso

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Conhecido também como chapéu da morte ou cicuta verde, ingerir apenas 50 gramas dele pode levar à morte. Em um caso curioso, Papa Clemente VII morreu após ingerir um cogumelo desse tipo.

[ Diário de Biologia ] [ Fotos: Reprodução / Diário de Biologia ]

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