TOP seis médicos nazistas que realizaram experimentos humanos terríveis durante o Holocausto

de Merelyn Cerqueira 0

Ao longo da História, seres humanos praticaram incontáveis crimes cuja dor dificilmente pode ser explicada em palavras. Inúmeros livros marcam relatos sobre diferentes atrocidades que ocorreram em distintos momentos.

 O Holocausto, por exemplo, um dos que tiveram mais destaque, ocorrido durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), pode ter ceifado a vida de 11 milhões de pessoas, de acordo com historiadores. As vítimas, que incluíam judeus, comunistas, homossexuais, pessoas com deficiência, entre outras, também foram usadas para uma série de experimentos que tinham apenas dois propósitos: a fabricação de uma única raça (ariana) e a resolução de problemas encontrados durante a Segunda Guerra. Os procedimentos envolviam esterilizações, eutanásia, eugenia, transplantes e muitos outros, de acordo com informações do portal Cultura Coletiva.

Enquanto os campos de concentração funcionavam como verdadeiros laboratórios para testes humanos, os nomes de muitos médicos e cientistas ficaram negativamente marcados. Embora alguns deles tenham sido condenados por crimes contra a humanidade, a impunidade de fato foi o final para muitos outros.

Josef Mengele

Talvez este seja o principal nome entre os muitos responsáveis por atrocidades do Holocausto. Josef Megele, oficial da SS alemã e médico, além de ter sido selecionado as vítimas que morreriam nas câmaras de gás, também era responsável pelas terríveis experiências realizadas em prisioneiros. Conhecido como “Anjo da Morte”, ele atuou como oficial na principal enfermaria de Auschwitz-Birkenau.

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Em 1945, com o final da Segunda Guerra, fugiu da Alemanha e se escondeu em diversos países, incluindo Argentina e Paraguai. No entanto, sob o nome falso de Wolfgang Gerhard. Mengele morreu em 1979, em Bertioga, São Paulo.

Heinrich Himmler

Além de Mengele, outro nome que se destaca é o de Heinrich Himmler, comandante militar da SS que ordenou a morte de milhões de pessoas. Desde o princípio, esteve muito interessado em experimentações, e por isso, exigia aos seus subordinados, que os procedimentos só poderiam ser feitos após sua consulta.

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Destituído de suas funções em 1945, ele acabou preso por forças britânicas, suicidando-se em maio do mesmo ano.

Otmar Freiherr Von Verschuer

Otmar von Verschuer era um biólogo e geneticista que dizia estar muito preocupado com uma “higiene racial”. Suas pesquisas envolviam eugenia, ou manipulação genética, que era de particular interesse dos nazistas. Em seus testes ele procurava encontrar semelhanças e diferenças genéticas em gêmeos. Mais de 1.500 pares foram testados e apenas 200 deles sobreviveram.

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Não condenado por seus atos, morreu em 1969, aos 73 anos, em um acidente de carro. 

Viktor Brack

Responsável pelo Programa Eutanásia, em que mais de 70 mil pessoas foram sistematicamente mortas, Brack também liderou a morte de judeus por gases nocivos em campos de concentração. Junto com Odilo Globocnik, implementou de forma prática o projeto chamado “A Solução Final”, que visava remover toda a população judia dos territórios ocupados pela Alemanha durante a Segunda Guerra.

Por suas ações, Brack foi sentenciado à morte e executado no ano de 1948.

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Joachim Mrugowsky

Chefe do Instituto de Higiene da SS, ele coordenou experimentos humanos no campo de Sachsenhausen, próximo a Berlim. Os testes incluíam agentes para guerras biológicas, injeções de tifo, varíola, cólera, tuberculose e difteria, congelamento, munição envenenada, entre muitos outros.  

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Condenado por crimes contra a humanidade, foi sentenciado e executado em 1948.

Ella Lingens

Considerada uma “ariana de raça pura”, a médica Ella Lingens foi levada a Auschwitz como punição por ter escondido judeus. Uma vez lá, foi obrigada a trabalhar ao lado de Mengele, testemunhando algumas das maiores atrocidades praticadas por ele.

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Foi responsável por escolher as vítimas que seriam levadas às câmaras de gás, mas não o fazia antes de se “embebedar até ficar inconsciente”. Também era obrigada a dar somente água do mar aos prisioneiros, até que morressem de sede para testar quanto tempo um ser humano resistiria a um naufrágio. Ainda, costurava os seios das mulheres para que fossem impedidas de amamentar, e, assim, determinar quanto tempo um recém-nascido poderia viver sem alimento.

A minha vida lá era como se me tivesse oferecido hoje como voluntária para combater uma epidemia no Bangladesh ou no Ruanda, um trabalho esgotante, para ajudar as pessoas, sem saber o que acontecia ao lado”, disse em uma entrevista realizada em 1995 pela Expresso.

Em Auschwitz disse ter passado fome e perdido sua própria dignidade. Após a Guerra, regressou a Viena onde morreu em 2002.

[ Cultura Colectiva ] [ Fotos: Reprodução / Wikipedia ]

Jornal Ciência