TOP 5 explosões de meteoros na Terra que revelam como nossa galáxia é assustadora!

de Bruno Rizzato 0

Diariamente, a Terra é bombardeada por cerca de cem toneladas de lixo espacial.

Pode parecer alarmante mas isso não é motivo de tanta preocupação, pois quase todos os objetos que caem em direção ao nosso planeta são muito pequenos – normalmente do tamanho de um grão de areia ou até mesmo menores – e queimam ao passar pela atmosfera superior, alguns quilômetros acima do solo.

Porém, de vez em quando, algo muito maior despenca na Terra, trazendo riscos. Às vezes chegando às manchetes, outras, passando quase despercebidas. Portanto, conheça agora 5 explosões de meteoros que assustaram muitas pessoas do nosso planeta:

1 – Meteoro do Atlântico Sul

Em 6 de fevereiro de 2016, um objeto feito de rocha medindo cerca de 5 metros de diâmetro entrou na atmosfera superior da Terra. Arremessado através do céu em dezenas de quilômetros por segundo, o ar à frente do meteoro foi comprimido e aquecido, vaporizando o objeto assim que ele penetrou profundamente na atmosfera.

Em algum ponto, com o meteoro entre 20 e 30 km acima do Oceano Atlântico Sul, na direção da costa do Brasil, ele explodiu com a mesma força que aproximadamente 12.000 toneladas de TNT (mais ou menos a mesma força explosiva da bomba atômica lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima).

Curiosamente, ninguém viu essa explosão. Sabemos sobre ele apenas por conta de medições feitas por várias instalações de defesa e registros científicos que registraram as perturbações atmosféricas resultantes. A Terra é composta, principalmente, por oceanos, e há chances de que a maioria dos meteoros queime como esse – sem testemunhas presentes.

2 – Meteoro de Chelyabinsk

Em contrapartida, alguns meteoros chamam a atenção em todo o mundo. Essa bola de fogo rasgou o céu de Chelyabinsk, na Rússia, em 15 de fevereiro de 2013.

Movendo-se a cerca de 20 km por segundo, a bola de fogo, muitas vezes mais brilhante do que o Sol, foi capturada em vídeo por uma câmera localizada na frente de um carro, por uma emissora de TV e por câmeras de telefones móveis em toda a região.

As estimativas indicam que o objeto possuía cerca de 20 metros de diâmetro e explodiu com a força de 500.000 toneladas de TNT, destruindo milhares de janelas, deixando um rastro de danos de aproximadamente 89 quilômetros de cada lado da trajetória, causando ferimentos a mais de 1.200 residentes na região.

Embora esse objeto tenha explodido na atmosfera, o meteoro Chelyabinsk revelou que os danos podem chegar a uma área povoada.

3 – O TC3 2008

Esse objeto de quatro metros de diâmetro, pesando cerca de 80 toneladas, entrou na atmosfera terrestre sobre o norte do Sudão, na manhã de 7 de outubro de 2008.

Movendo-se a cerca de 13 km por segundo, o meteoro explodiu dezenas de quilômetros acima do solo com uma força de cerca de 1.000 toneladas de TNT, iluminando o céu da manhã como uma bola de fogo observada a mais de 1.000 km de distância.

Embora não seja particularmente conhecido, o TC3 2008 foi o primeiro objeto observado e monitorado antes de atingir a Terra. Isso significa que ele foi um teste muito necessário para o processo de detecção e rastreamento de objetos próximos da Terra.

Outros meteoros foram detectados após ele, mas o processo não é infalível. Por exemplo, o meteoro de Chelyabinsk permaneceu indetectável até sua chegada nos céus da Rússia.

4 – O Evento de Tunguska

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A explosão de Tunguska foi um evento devastador. Na manhã de 30 de junho de 1908, uma explosão sobre uma região escassamente povoada da Sibéria Oriental destruiu 80 milhões de árvores em uma área de dois mil quilômetros quadrados de floresta.

A análise posterior da explosão sugere que esse impacto foi equivalente a cerca de 15 megatoneladas de TNT – mais de mil vezes a potência da bomba de Hiroshima.

As estimativas de tamanho e velocidade do meteoro dependem de pressupostos sobre a composição do objeto: meteoros rochosos e gelados têm densidades diferentes e se comportam de formas diferentes.

No entanto, o objeto responsável pela explosão de Tunguska parece ter tido entre 50 e 200 metros de diâmetro, explodindo entre 5 e 10 km acima do solo. A explosão gerou perturbação sísmica e atmosférica em toda a Ásia e Europa, mas, surpreendentemente, não resultou em nenhuma grande tragédia.

5 – A Cratera Barringer

Existe uma cratera de 1.200 metros de largura, 170 metros de profundidade no deserto do Arizona, sugerindo que o responsável por ela seja um meteorito de ferro níquel de cerca de 50 metros de diâmetro. Ele teria impactado a superfície em cerca de 13 km por segundo com uma força de 10 megatoneladas de TNT.

Apesar de não ser muito diferente em tamanho e velocidade do objeto associado com o evento de Tunguska, uma descida mais íngreme ou diferenças na composição significam que o meteorito de Barringer não se desintegrou ou explodiu na atmosfera.

Felizmente, o impacto ocorreu por volta de 50.000 anos atrás, quando a região era desabitada por seres humanos, mas é uma amostra do poder destrutivo que pode ser desencadeado pela queda de uma grande rocha de origem espacial.

[ FonteThe Conversation ]

[ Foto: Reprodução / Universidade da Virgínia – EUA ]

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