TOP 5 das experiências científicas mais assustadoras já feitas e as crenças em torno delas

de Merelyn Cerqueira 0

Desde o Frankenstein de Mary Shelley, um terror gótico de 1994, a imaginação popular tem sido bem alimentada com histórias científicas aterrorizantes.

A maioria destas são resultados de experimentos feitos por cientistas “ousados” que provam que a vida real é ainda mais assustadora do que a ficção.

Na lista abaixo você confere cinco das experiências científicas mais bizarras já realizadas, segundo informações da Live Science.

1 – Buracos negros artificiais

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Quando os físicos começaram a experimentar o Large Hadron Collider (LHC), um acelerador de partículas localizado entre a fronteira da França e Suíça, muita gente prendeu a respiração.

Durante anos, circularam rumores de que o acelerador poderia criar pequenos buracos negros com potencial para destruir a Terra. Em 2008, um grupo de pessoas chegou a apresentar uma petição pedindo que o LHC fosse desligado, argumentando que as colisões atômicas poderiam causar o fim do mundo.

A verdade, no entanto, é que é nula a chance de o LHC destruir a Terra. Um estudo calculou que os raios cósmicos que bombardeiam a Terra rotineiramente criam colisões de energia mais altas do que o acelerador de partículas é capaz.

Sendo assim, de acordo com esse estudo, “a natureza já conduziu o equivalente a cerca de cem mil programas experimentais do LHC na Terra – e o planeta ainda existe e não houve o fim do mundo”.

2 – Cães zumbis

Em 1940, cientistas russos publicaram um vídeo de cabeças de cachorro que foram mantidas vivas por várias horas, sem a ausência do corpo. Elas eram capazes de mexer os ouvidos em resposta aos sons e até mesmo lamber a boca.

Os cientistas alegaram que os animais estavam sendo mantidos vivos graças a um sistema artificial de circulação sanguínea.

Já em 2005, cientistas americanos criaram outro grupo de “cães zumbis”. A equipe sacrificou alguns cachorros e drenou todo o sangue de seus corpos, substituindo-o por solução salina cheia de oxigênio e açúcar, de acordo com os pesquisadores do Safar Center for Resuscitation Research da Universidade de Pittsburgh.

Três horas depois, os cães passaram por uma transfusão de sangue e choque elétrico. Embora tivessem conseguido ressuscitá-los, alguns dos animais sofreram danos permanentes.

A pesquisa, publicada no Intensive Care and Emergency Medicine, sugeria que o tratamento poderia um dia reviver as pessoas em hemorragia, para que os médicos tivessem tempo suficiente de repararem suas lesões.

3 – Controle da mente

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Na década de 1950, a CIA lançou um programa secreto chamado MKULTRA, que tinha como objetivo procurar drogas e coisas através do controle mental. Nas duas décadas seguintes, a agência usou alucinações, privação de sono e técnicas de choque elétrico em um esforço para criar a lavagem cerebral perfeita.

Foram realizados mais de 149 projetos de pesquisa como parte da MKULTRA. Em um deles, os cientistas testaram os efeitos do LSD em situações sociais, simplesmente colocando a droga no corpo de pessoas desconhecidas dentro de um bar em Nova York e San Francisco. Em outros ensaios, eles atraíam viciados em alucinógenos, oferecendo-lhes heroína.

Em 1973, devido ao escândalo de Watergate, o diretor da CIA, Richard Helms, ordenou que os documentos relacionados ao MKULTRA fossem destruídos. No entanto, alguns sobreviveram ao processo. Assim, em 1977, a pedido de Freedom of Information Act, foram lançadas mais de 20.000 páginas do programa.

4 – Enfermeiras assassinas

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Em 1963, o psicólogo social Stanley Milgram havia demonstrado que estudantes da Universidade de Yale estavam dispostos a administrar choques mortais em estranhos se as autoridades estivessem interessadas. A ideia era, mais uma vez, o controle da mente.

Um psiquiatra, chamado Charles Hofling, que estava interessado na história, decidiu testar como a obediência influenciava decisões quando as pessoas não sabiam que estavam fazendo parte de um experimento.

Em seu projeto, intitulado “Um estudo experimental de relacionamentos enfermeira-médico”, Hofling descreveu que, um médico desconhecido, ligou para os enfermeiros de um hospital e pediu-lhes que administrassem o dobro da dose máxima de um medicamento não aprovado para um paciente.

No entanto, os enfermeiros não sabiam que o “remédio” era na verdade uma pílula de açúcar inofensiva, enquanto que o médico falso.

Mais assustador do que a ideia de um experimento desses ter sido permitido, só o fato de que 21 dos 22 enfermeiros cumpriram a ordem do médico. Eles de fato aumentaram a dose de seus pacientes, mesmo sabendo que isso poderia matá-los.

Eles também violaram as regras do hospital ao receber instruções por telefone, bem como oferecer um medicamento não aprovado. O estudo concluiu que a aura de autoridade pode encobrir os julgamentos éticos das pessoas.

5 – Bombas de morcegos

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Durante a Segunda Guerra Mundial, o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (U.S. Marine) trabalhou em um projeto para treinar morcegoskamikazes”. A ideia deles era utilizar os animais contra os japoneses.

Assim, em 1942, Lytle Adams, um dentista da Pensilvânia propôs à Casa Branca, depois de visitar as Cavernas de Carlsbad, no Novo México, que fossem adicionadas cintas com pequenos explosivos incendiários nos morcegos.

Então, explorando o extraordinário sentido de ecolocalização da espécie, que se orienta por ecos (o que os ajudam a localizar cavernas), eles seriam enviados até o Japão para se aninhar nas estruturas dos edifícios das cidades e, uma vez lá, os incendiariam.

Com isso em mente, os US Marines capturaram milhares de morcegos mexicanos e amarraram os dispositivos desenvolvidos em suas costas. No entanto, o projeto foi descartado em 1943, provavelmente após os progressos feitos com a bomba atômica.

Fonte: MNN Fotos: Reprodução / MNN

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