Cosmovisão é avaliado como um conjunto de crenças ou opiniões de uma sociedade. Em outras palavras, como a sociedade interpreta tudo o que a cerca e a origem de sua existência.
No Egito Antigo, por exemplo, a cosmovisão era baseada em basicamente três elementos: céu, ar e terra. Estes, por sua vez, eram representados pelos muitos deuses criados a fé de cada um, caracterizando este povo como politeísta.
Assim como a maioria das civilizações antigas, os egípcios procuravam em seus deuses a solução para as coisas que não conseguiam resolver ou explicar. Embora não tivessem o conhecimento que temos hoje para explicar alguns elementos sobre o cosmos, a ideia que tinham sobre o tema era extremamente avançada para a época.
No Antigo Egito, a cosmologia era considerada uma ciência muito importante, uma vez que, com ela, por exemplo, eram capazes de prever a subida e baixa do rio Nilo a fim de controlar melhor suas plantações.
Os astrônomos da época também desempenhavam um papel vital no império, e suas previsões eram capazes de prever muitos desastres naturais. Dito isso, na sequência abaixo, você aprenderá alguns fatos curiosos sobre o conhecimento dos antigos egípcios sobre a cosmovisão:
1 – A jornada de Rá e a ideia de tempo
Pode-se dizer que a visão que os egípcios tinham do cosmos era bastante romântica, já que para eles os deuses não eram somente símbolos, mas exerciam uma influência direta no dia a dia.
Eles explicavam o nascer, pôr do sol e crepúsculo como “a jornada de Rá”, um deus que emergia do oceano na escuridão junto ao sol sobre o horizonte de cada manhã e então, durante a noite, mergulhava novamente em direção ao submundo.
Durante sua viagem pelo reino da noite, Rá era responsável por derrotar todos os inimigos do Egito Antigo para voltar a ressuscitar na manhã seguinte.
2 – A Terra como uma simples reflexão
Para os antigos egípcios, tudo o que acontecia no planeta Terra era um simples reflexo do que estava acontecendo no mundo celestial. Como pode ser visto nas inúmeras pinturas e hieróglifos que encontrados; para eles todos os atos realizados na vida após a morte tinham suas consequências no mundo dos vivos.
O Egito era então uma imagem viva do céu. Para os astrônomos, a geografia terrestre era tão importante quanto a refletida no céu em forma de estrelas. Deste pensamento surgiu a ideia de que o faraó assumia a mesma função que o Sol exercia no céu.
3 – O Nilo como a última fronteira
O rio Nilo tinha uma importância vital para civilização egípcia. Todas as colheitas, e consequentemente a comida de um povo inteiro, dependiam dele para que suas inundações e mudanças fossem estudadas em detalhe.
Além disso, a cosmovisão egípcia acreditava que as margens do Nilo separavam os vivos dos mortos, bem como o rio dividia a Terra em duas margens, com Rá emergindo e mergulhando junto ao sol para determinar o início e fim de um dia.
Enquanto a parte onde era possível ver o nascer do sol se tornou a “terra dos vivos”, a margem do escurecer era associada aos mortos.
Por causa desta crença, todos os edifícios relacionados à vida ou desenvolvimento da pessoa foram construídos no lado oriental do rio. Enquanto no lado ocidental, todas as necrópoles e edifícios que tinham algo a ver com a morte ou o abandono da vida estavam eram construídos.
Fonte: Super Curioso Fotos: Reprodução / Super Curioso