TOP 10 Mentiras que você não pode contar para seus médicos!

de Julia Moretto 0

Todo mundo já se sentiu pressionado com algumas perguntas feitas por um médico em uma consulta e acabou soltando aquela mentirinha. Confira agora dez mentiras comuns – e descubra por que elas são muito mais perigosas do que você imagina!

1 – “Estou tomando os remédios corretamente

A decisão de não tomar os remédios pode ser motivada por diferentes efeitos colaterais. Segundo o Dr. David B. Agus, diretor do Instituto J. Ellison Lawrence para Medicina Transformativa, “eu preciso saber se o paciente está tomando os remédios. Se ele não estiver e eu assumir que é a droga que não está funcionando, isso pode fazer com que eu mude para uma segunda escolha de remédio”.

Se não souber da ausência de tratamento, o médico também pode aumentar a dose sugerida anteriormente. Essa mudança traz como consequência o aumento da frequência cardíaca, tonturas e fadiga. Porém, o que muitos pacientes não sabem é que o médico pode perceber se você está ou não tomando os remédios prescritos, de acordo com a pressão arterial e exames de sangue.

2 – “Eu não tomo nenhum medicamento ou suplemento

A interação das duas drogas pode causar efeitos colaterais graves. Isto envolve remédios como antibióticos, antidepressivos e medicamentos para o coração, assim como suplementos e drogas que não exigem prescrição, como aspirina, minerais, aminoácidos, botânicos e vitamínicos.

Estes medicamentos interagem uns com outros e podem ter um efeito aditivo, que pode ser perigoso” afirma a Dr.ª Gail Saltz, professora de Psiquiatria do New York Presbyterian HospitalA mistura dos componentes pode causar queda de pressão arterial, batimento cardíaco irregular, acúmulo de toxinas que danificam o fígado, além de sintomas menos graves, como náuseas, dor de estômago e dor de cabeça. Normalmente os pacientes omitem sobre o uso de algumas substâncias por quererem novos medicamentos ou por que sentem vergonha.

3 – “Não me alimentei antes da cirurgia

Essa é uma das questões mais perigosas. Segundo M. Fahad Khan, professor de Anestesiologia da Universidade de Nova York, mentir sobre isso pode ter consequências graves.  É muito importante ser honesto sobre a última ingestão de alimentos ou de bebidas, uma vez que isso pode ter consequências significativas com relação ao seu plano de anestesia”, contou.

A questão é que quando o paciente é anestesiado, o esfíncter esofágico inferior (a válvula que liga o esôfago ao estômago) relaxa. Durante a cirurgia, o alimento do estômago pode ir para a boca do paciente e seguir pela traqueia até chegar nos pulmões. Quando o material chega no pulmão, ele pode causar inflamação e desenvolver pneumonia. Em outras palavras, pode fazer o paciente parar na UTI.

4 – “Eu não bebo muito

De acordo com os especialistas, não é indicado beber mais do que dois ou três drinques por dia. Ao passar esse limite, problemas como pressão elevada do sangue, resultados de testes de sangue anormais e problemas digestivos são alterados, são identificados. Por isso, ao mentir para o seu médico e apresentar esses sintomas, você pode estar levando o diagnóstico para o caminho errado. Além disso, o álcool pode influenciar na eficácia dos medicamentos.

Já para os pacientes que têm problemas graves com o álcool, essa mentira pode levar à morte. Os especialistas sabem o histórico de bebida dos pacientes, mas não sabem se eles estão falando a verdade. Muitas vezes essa mentira pode levar os médicos a acreditarem em um diagnóstico falso. “As pessoas não devem se preocupar em serem julgadas por seus médicos”, conta Dr. David Juurlink, do Sunnybrook Health Sciences Centre em Toronto, no Canadá. 

5 – “Eu não fumo

Estima-se que 13% dos fumantes mintam sobre seu hábito aos médicos. Só nos Estados Unidos, por exemplo, isso significa que seis milhões de fumantes mentem para os especialistas. O motivo da mentira é o medo de confessar que estão envolvidos em um hábito extremamente arriscado para a saúde. Mas as mentiras não param por aí, de acordo com pesquisas, eles também escondem o vício de suas famílias e empregadores.

Quando você fala a verdade para o médico, ele pode realizar avaliações que diagnostiquem doenças relacionadas ao tabagismo, como câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica e doenças cardíacas. Além disso, ele também pode te ajudar a largar do vício de forma mais eficiente.

6 – “Eu não uso drogas

Como a maior parte das drogas recreativas é ilegal, as pessoas não se sentem confortáveis em assumir que as usam. A maconha, por exemplo, pode influenciar em medicamentos como antidepressivos, aspirina, diluentes de sangue (por exemplo, varfarina e heparina), medicamentos anti-inflamatórios (por exemplo, ibuprofeno) etc.

Essa prática também pode afetar os níveis de açúcar no sangue e causar pressão arterial baixa. Se você foi levado ao hospital por alguma droga que usou, deve relatar aos especialistas para que eles saibam exatamente como proceder. Segundo Dr. Ramin Manshadi, da Universidade da Califórnia em Davis, é importante revelar o uso de drogas ao médico principalmente quando se está tendo um ataque cardíaco. “Se um paciente estiver tendo um ataque cardíaco e usou cocaína, por exemplo, não podemos dar-lhes alguns remédios que normalmente damos a pacientes nesse caso, pois a combinação pode provocar um agravamento do ataque cardíaco e, possivelmente, morte”, explica.

7 – “Eu me exercito regularmente e como alimentos saudáveis

De acordo com David Jenkins, professor de Ciências da Nutrição e Medicina da Universidade de Toronto, “se o seu colesterol está acima do normal, o nível de glicose no sangue alto, a pressão arterial alta, não basta dizer que você está passando por um período ruim”. Caso isso ocorra, você precisará de ajuda!

Mentir para o seu médico sobre a prática de exercícios e a rotina de uma vida saudável pode te prejudicar.  Em países desenvolvidos, diabetes e doenças cardíacas são problemas comuns. A melhor alternativa é uma dieta saudável e a prática de exercício, por isso é tão importante dizer a verdade aos médicos.

8 – “Eu não tomo muitos medicamentos para dor

Alguns pacientes dizem que não tomam medicamentos como Tylenol com frequência, quando na verdade tomam todos os dias. Para um médico conseguir prescrever um tratamento seguro, é preciso que ele saiba todos os medicamentos que o paciente está tomando. Muitas medicações para dor misturam opiáceos com paracetamol. O fígado de um paciente pode apresentar dificuldade de digerir grande quantidade de remédio.

Existe um limite diário para o uso de paracetamol. Por isso, se o médico correr o risco de prescrever uma dosagem maior do que é usada de costume, ele pode colocar a vida do paciente em risco.

9 – “Não está doendo

Muitas pessoas preferem esconder a sua dor na esperança de que os médicos não encontrem nada de errado com elas ou para mostrar que conseguem suportar o desconforto.

Segundo o Dr. Mashadi, muitas vezes, pacientes que tiveram stents colocados para curar bloqueios em suas artérias alteram o relato de seus sintomas, para que não seja necessário receber outro stent. “Isto é perigoso, já que quanto mais cedo descobrimos que existem problemas, melhor o resultado”, explica.

10 – “Entendo totalmente o que você está dizendo, doutor

Muitas das informações passadas pelos médicos nas consultas são esquecidas. Por isso é importante anotar as questões pontuadas. Conhecimento é fundamental para melhorarmos. É preciso parar de balançar a cabeça e dizer o que não foi entendido.

[ Gizmodo ] [ Foto: Reprodução / Gizmodo ]

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