Saudita condenado a 2000 chibatadas por declarar ateísmo no Twitter

de Merelyn Cerqueira 0

Um tribunal na Arábia Saudita ordenou que um homem não identificado de 28 anos recebesse 2.000 chibatadas, pagasse uma multa equivalente a 4 mil euros (R$ 14.576) e passasse 10 anos na prisão, por ter ridicularizado o Alcorão e negado a existência de Deus no Twitter.

Antes de ir para a cadeia ela teria postado mais de 600 mensagens professando seu ateísmo e direito de expressar suas crenças. Pelas leis sauditas introduzidas há dois anos pelo já falecido rei Abdullah, o ateísmo é definido como um ato de terrorismo, segundo informações do jornal inglês Daily Mail.

Muslims circle the Kaaba inside the Grand Mosque during night prayer in Mecca December 13, 2007. Around 1.5 million Muslims from around the world are expected to arrive in Saudi Arabia for the haj pilgrimage. REUTERS/Ali Jarekji (SAUDI ARABIA)
A Arábia Saudita, lar de Meca, local de nascimento do Profeta Muhammad, tem leis rígidas que definem o ateísmo como um ato de terrorismo

As mensagens no Twitter foram encontradas pela polícia. Elas supostamente estariam ridicularizando versos do Alcorão, em que o homem chamava todos os profetas de mentirosos; afirmavam que o ensino religioso alimentava a hostilidade das pessoas e ainda negavam a existência de um Deus.

De acordo com Joe Stork, diretor do grupo Human Rights pelo Oriente Médio e Norte da África, quando as leis foram introduzidas, “as autoridades sauditas nunca mais toleraram críticas à suas políticas, mas, essas leis recentes transformam quase qualquer expressão crítica ou associação independente em crimes de terrorismo”.

Sob os decretos emitidos pelo rei Abdulhah, que morreu em janeiro do ano passado, as autoridades sauditas receberam poderes para combater dissidências políticas, incluindo protestos que poderiam “prejudicar a ordem pública”.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Wikipédia

Jornal Ciência