Saiba, de uma vez por todas, a verdade sobre o óleo de coco baseada em estudos científicos

de Merelyn Cerqueira 0

O óleo de coco é um dos poucos produtos verdadeiramente classificados como “superalimento”. Enquanto que seu benefício mais conhecido está na perda de peso, ele também pode ajudar na melhoria da função cerebral, saúde da pele, cabelos e muito mais.

Em um artigo publicado originalmente pelo site Authority Nutrition, o médico nutricionista Dr. Kris Gunnars, reuniu alguns estudos que trazem a verdade científica por trás do óleo de coco orgânico, extravirgem e não refinado.

Possui ácidos graxos com aplicações medicinais

O óleo de coco, no passado, já foi muito criticado por conter grandes quantidades de gordura saturada, que correspondem a 90% de sua composição. No entanto, estudos recentes apontam que esse tipo de gordura (ácidos graxos saturados) é, em grande parte, inofensivo. Ainda, muitos outros estudos realizados com centenas de milhares de pessoas não encontraram ligações entre as gorduras saturadas e doenças cardíacas.

 O óleo de coco não contém uma forma de gordura saturada comum. Na verdade, ele possui os chamados Triglicerídeos de Cadeia Média (MCTs), que são considerados ácidos graxo de comprimento médio, diferente da maioria dos ácidos graxos que comemos no dia-a-dia que são de cadeia longa. Estes médios são metabolizados de forma diferente, de modo que quando no trato digestivo, vão direto para o fígado onde são usados como uma fonte rápida de energia ou transformados em cetonas.

Populações que o consomem são estatisticamente mais saudáveis

Enquanto que em algumas partes do mundo o coco é tido como um alimento exótico, em outros ele é considerado um grande aliado de muitas dietas utilizadas populações que prosperaram de forma saudável por gerações. Os melhores exemplos para tal afirmação são os povos Tokelauans e Kitavans, que vivem na região do Pacífico Sul. Estes são conhecidos por comer mais 60% de suas calorias em coco, e por serem os maiores consumidores de gordura saturada do mundo. Quando examinados por especialistas, verificou-se que estas populações “possuíam saúde invejável e sem qualquer evidência de doenças cardíacas”.

Auxílio na perda de peso

Embora seja maior nos EUA, a obesidade é atualmente um problema enfrentando em muitas partes do mundo. Considerando que os alimentos afetam nossos hormônios e consequentemente, o corpo, de maneiras distintas, diferente das gorduras mais comuns, os MCTs presentes no coco podem aumentar a queima de calorias.

Um estudo descobriu que em um período de 24 horas os MCTs do óleo de coco foram capazes de aumentar o processo de queima de calorias em até 5%. Ainda, o uso frequente do óleo pode, a longo prazo, levar a uma perda significativa de peso.

Ação antibacteriana

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Quase 50% dos ácidos graxos encontrados no óleo de coco são láuricos. Isto é, quando digeridos, formam uma substância chamada monolaurina, que por sua vez é capaz de destruir fungos, vírus e bactérias nocivas como a Staphylococcus Aureus, responsável por condições potencialmente fatais, como sepse e pneumonia.

Reduz a fome e ajuda a comer menos

Isso pode estar relacionado à forma como os ácidos graxos são metabolizados, uma vez que as cetonas têm efeitos de redução de apetite. Em um estudo, pesquisadores verificaram que quando oferecidas quantidades variadas de MCTs a seis homens saudáveis, eles comeram 256 calorias a menos por dia.

Isso sugere que, a longo prazo, o consumo poderia ter uma influência considerável sobre o peso corporal.

Ação benéfica sobre casos de convulsões

Quando transformados em cetonas, os ácidos graxos do óleo de coco podem reduzir convulsões. Um estudo sobre dieta assimetênica, de consumo mínimo de carboidratos e muita gordura, está sendo verificado para o tratamento de vários distúrbios, incluindo casos de epilepsia em crianças.

Esse tipo de dieta leva a concentrações aumentadas de cetonas no sangue. Estas, por alguma razão ainda a ser entendida pelos cientistas, provaram reduzir drasticamente a condição em crianças. Estudos mais recentes também verificaram o benefício em pacientes epiléticos adultos quando a formação de cetonas pelo fígado foi estimulada.

Equilíbrio dos níveis de colesterol

Por conter grandes quantidades de gorduras saturadas saudáveis, o óleo de coco tem o poder de aumentar os níveis de colesterol bom (HDL) e reduzir o ruim (LDL). Desta forma, o produto também pode ser benéfico quando o assunto é doença cardíaca.

Em um estudo realizado com 40 mulheres, pesquisadores verificaram que o óleo de coco teve o poder de corrigir os níveis de colesteróis quando comparado ao óleo de soja. Outros estudos também já mostraram que esse superalimento é capaz de reduzir triglicérides e melhorar os fatores de coagulação do sangue, bem como possui propriedades antioxidantes.

Benéfico para os cabelos e a pele

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Alimentação à parte, o óleo de coco também é conhecido por seu valor cosmético. Estudos realizados em indivíduos com a pele seca mostraram que o produto pode melhorar o teor de umidade e gordura cutânea, enquanto que também pode funcionar como protetor solar, bloqueando até 20% dos raios UV emitidos pelo sol. Quanto aos cabelos, o estudo mostrou que ele é capaz de proteger os fios contra danos e promover hidratação. (1) (2) (3) (4) (5)

Ainda, evidências sugerem que quando usado em bochechos, pode reduzir o mau hálito.

Melhora da função cerebral de pessoas com Alzheimer

Pesquisadores especulam que as cetonas podem oferecer uma fonte alternativa de energia para as células cerebrais doentes e reduzir os sintomas da doença de Alzheimer. Ainda, outros ensaios mostram que os ácidos graxos do óleo de coco podem aumentar os níveis de cetonas no sangue. (1) (2)

Perda da gordura abdominal

Sendo especialmente eficaz na perda de peso, ele também é capaz de ajudar a reduzir a gordura que se aloja na cavidade abdominal e em torno dos órgãos, associada a muitas doenças crônicas. Em um estudo realizado com 40 mulheres com obesidade abdominal, pesquisadores ofereceram um suplemento com 30 ml de óleo de coco por dia, o que levou a uma redução significativa do IMC e da circunferência da cintura em um período de 12 semanas.

Em outro estudo realizado com 20 homens obesos, pesquisadores observaram uma redução na circunferência da cintura de 2,86 cm após 4 semanas de consumo de 30 ml de óleo de coco diariamente.

Fonte: Diário de Biologia / Authority Nutrition / NCBI / NCBI Fotos: Reprodução / Diário de Biologia

Jornal Ciência