O passaporte é extremamente antigo e foi citado pela primeira vez na Bíblia

de Merelyn Cerqueira 0

Conforme reportado pela KnowledgeNuts, a primeira menção de qualquer ideia relacionada aos passaportes modernos vem de um versículo da Bíblia em Neemias.

Contudo, os povos mongóis foram os primeiros a emitir esse conceito. Feitos na forma de um medalhão de ferro, eles deviam ser apresentados pelos estrangeiros ao entrarem em território mongol, sob os domínios de Genghis Khan. Entretanto, somente durante a Primeira Guerra Mundial, é que o formato a que estamos familiarizados começou a surgir.

Esse conceito moderno e burocrático de identificação é surpreendentemente antigo – em Neemias 2:7-9 é fornecida as primeiras impressões sobre o método. Séculos mais tardes, eles seriam emitidos por um regime mais conhecido por suas pilhagens e saques, do que pela diplomacia. Sob o domínio de Genghis Khan, chapas de metal, intricadamente gravadas, chamas de paizi, foram distribuídas por uma série de razões. Alguns dos funcionários do governo as carregavam como prova de sua posição e título, enquanto às outras pessoas eram dados como forma de entrar e sair do império. Eram reservados especialmente para quem costumava viajar a negócios, ou estrangeiros em território mongol que estavam sob a proteção de Khan.

No Metropolitan Museum of Art, em Nova York, cerca de uma dúzia desses passaportes estão expostos. Um deles, teria sido emitido para um monge tibetano chamado Phagspa, assessor de Kublai Khan. O medalhão de ferro, com medidas de 18×11 cm, teria sido usado como prova de sua identidade e proteção contra aos que poderiam considerá-lo “presa fácil”. Ainda, inscrito no objeto: “pela força do Eterno Céu, um édito do imperador. Aquele que não tem respeito será considerado culpado”.

Eventualmente, centenas de anos mais tarde, em 1641, o mais antigo passaporte britânico, foi assinado por Charles I. Logo, após crises de poder, o objeto saiu de circulação, voltando a aparecer durante o reinado de Charles II mais como ‘motivo social’ do que diplomático.

Durante os anos 80, no Reino Unido, esses objetos passaram por uma nova crise de identidade. Os documentos emitidos a partir de 1772, foram todos escritos em francês, que, à época, era considerado um idioma diplomático, permanecendo assim até 1858.

Esses primeiros passaportes também não tinham informações específicas sobre as características físicas das pessoas. Alguns possuíam informações completas que iam desde fotos de todos os membros de uma família, até mesmo animais de estimação.

Eventualmente, foram inseridos detalhes como altura e cor dos olhos. Entretanto, essas informações foram caracterizadas por um dos membros do parlamento inglês, como “degradantes e ofensivas”. Isso até 1835, pois, no período da Primeira Guerra Mundial o formato como conhecemos hoje já estava em iminência de ser produzido.

KnowledgeNuts ] [ Foto: Reprodução / KnowledgeNuts ]

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