Novo método de ressonância magnética permite que pais observem bebês se mexendo dentro do útero

de Merelyn Cerqueira 0

Em breve, pais de todo o mundo serão capazes de ver seus filhos se mexendo, engolindo e até mesmo puxando o cordão umbilical graças a uma nova e revolucionária técnica de ressonância magnética (MRI).

 

Os pais poderão visualizar imagens de ultrassom claras e de alta qualidade do coração de um bebê de até 20 semanas de idade, de acordo com informações do jornal Daily Mail. O projeto, que custou cerca de 10 milhões de libras, foi feito por uma equipe de médicos de Londres. Em um curto vídeo, criado pelo projeto iFIND, mostra uma varredura de 24 segundos feita em um bebê de 20 semanas.

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As imagens detalhadas mostram o momento em que ele move o cordão umbilical, virando o pescoço enquanto se estica pelo útero. Utilizando algoritmos, campos magnéticos e ondas de rádio, a varredura do novo estilo cria imagens em movimento de alta qualidade. O ventre inteiro é capturado para que os pais e médicos tenham uma idade mais clara do que exatamente o bebê está fazendo.

 

De acordo com Dr. David Lloyd, pesquisador na King’s College de Londres, e membro do projeto, “tirar foto de um feto de 20 semanas enquanto ele ainda está no ventre não é algo fácil”. Para começar, eles são muito pequenos”, continuou. “O coração fetal, por exemplo, com todas as suas minúsculas câmaras e válvulas, tem apenas cerca de 15 mm de comprimento”.

 

A tecnologia de ultrassom – utilizada em todos os exames pré-natais de rotina no Reino Unido – é realmente boa para visualizar essas estruturas minúsculas”, disse. “Ela usa ondas sonoras de frequência muito alta que são refletidas para trás (‘eco’) das estruturas dentro do corpo para produzir uma imagem”. O ultrassom é capaz de ver através do corpo do bebê e partes de que os médicos ou pais querem imagens. No entanto, “dependerá da idade do bebê, como estão deitados no útero, o tamanho da mãe e muitos outros fatores”, disse Lloyd.

 

O MRI novo utiliza um campo magnético e ondas de rádio para produzir imagens de dentro do corpo, independentemente de haver ossos, músculo ou gordura no caminho. Para o projeto, a equipe recebeu 10 milhões de libras pelo Wellcome Trust e Conselho de Pesquisa em Engenharia e Ciências Físicas (EPSRC).

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ] 

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