“Nanismo Primordial”: condição rara mantém garotas em baixa estatura por toda a vida; veja vídeo

de Redação Jornal Ciência 0

Você já ouviu falar em uma condição chamada Nanismo Primordial? Trata-se de uma subcategoria do Nanismo. Mas, dentro da categoria, existe outra raríssima conhecida como Nanismo Primordial Osteodisplásico Microcefálico Tipo II.

Pessoas com esta condição permanecem em tamanho reduzido durante toda a vida. Embora o crescimento do corpo ocorra de maneira proporcional, são menores do que o padrão para a idade. Ao nascerem, raramente pesam mais do que 1 kg e geralmente possuem 25 cm. Quando adultos, não ultrapassam 1 metro.

São sugeridas duas hipóteses para o desenvolvimento da doença. A primeira fala sobre a ausência de uma proteína determinada pelo cromossomo 21 (PCNT), chamada de PericentrinaA segunda propõe uma relação entre a baixa estatura e genes específicos que promovem o crescimento normal e saudável, acabam sendo “apagados” do DNA.

Além das hipóteses, as características clássicas da baixa estatura ocorrem por uma grande disfunção na glândula pituitária — localizada no cérebro — que não consegue produzir o hormônio do crescimento. O Nanismo Primordial não tem cura e quaisquer tratamentos com hormônios não farão efeito.

Charlotte Garside

Aos 5 anos, Charlotte tinha apenas 65 centímetros de altura e pesava 3,6 kg. Sua função cognitiva era de uma criança de 3 anos. Charlote nasceu medindo 20 cm e apenas 764 gramas e, por causa disso, precisou passar mais 14 semanas internada até poder ir para casa.

Sua mãe só podia alimentá-la com apenas 5 ml de leite, se não arriscava asfixiá-la durante a amamentação — algo que de fato aconteceu, de modo que precisou ser hospitalizada em caráter de urgência.

Durante anos, precisou receber alimentação de 400 calorias através de uma máquina, um processo que durava 5 horas diárias. Charlotte só foi diagnosticada corretamente quando completou 1 ano de vida. 

Kenadie Jourdin-Bromley

Kenadie tinha apenas 99 cm de altura aos 13 anos. Ela nasceu com 22 cm, pesando somente 900 gramas e com as mãos do tamanho de uma moeda.

Aos 8 anos, estava com 83 cm e 7,5 kg. Embora frequentasse uma escola normal, seus colegas de classe eram, pelo menos, o dobro de seu tamanho e pesavam 3x mais.

Os médicos não tinham certeza se ela chegaria a fase adulta. Mas, Kenadie superou as expectativas e aos 20 anos foi considerada a menor mulher do mundo até 2003. Ela sofre de envelhecimento precoce e possui ossos muitos finos, além de ter tendência a ter aneurismas.

Kristin Riley

Kristin ficou conhecida quando tinha 31 anos. Hoje, com quase 40 anos, ainda é obrigada a comprar suas roupas no setor infantil das lojas. Com apenas 91 cm, é considerada a pessoa mais velha do mundo com Nanismo Primordial.

A doença provocou atrasos de desenvolvimento cognitivo, de modo que só aprendeu a falar depois dos 3 anos. Hoje, consegue dirigir seu carro adaptado, concluiu os estudos universitários e fez participações em alguns filmes, como em “Oz, o Grande e Poderoso”, de 2011. Atualmente trabalha como coordenadora de atividades em uma casa de repouso, nos EUA.

Fonte(s): Segredos do Mundo Foto(s): Reprodução / Daily Mail

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